Dicas e Diagramas – XIX

A primeira providência, antes de qualquer teste, é ajustar o potenciômetro de 2MΩ para a tensão de trabalho do capacitor. Na nossa bancada ajustamos a tensão ligando, em paralelo com o capacitor a ser testado, um multímetro na escala 0-1000V, de boa sensibilidade (acima de 1.000 Ω/V).

O recomendável é fazer uma escala calibrada, em volts, instalada diretamente no botão de ajuste de R2. Não o fizemos em nosso protótipo por falta de espaço no painel. A melhoria ficou para uma modificação posterior, quando pretendemos fazer uma nova montagem, incluindo no mesmo painel um “rejuvenescedor” de eletrolíticos.

No artigo original da Radio-Electronics, a calibração das tensões de teste foi feita com voltímetro eletrônico, ligado entre o catodo da 6V6 e a massa do circuito. Com um voltímetro de boa sensibilidade, entretanto, ligado diretamente nos bornes de teste do aparelho, em paralelo com o capacitor, os resultados serão satisfatórios. Nunca ultrapasse, nas provas, a tensão máxima de trabalho do capacitor. Geralmente ela está estampada no corpo do componente.

Figura 8. O transformador adotado, um bom produto da https://www.trlmagnetics, tem primário de 0-127-220V e secundários de 550V @ 45 mA e 6,3V @ 1A. A válvula usada no protótipo, uma 6F6, foi aproveitada da sucata. Tipos como 6V6, 6V6G, 6L6, 6F6, 42 etc. funcionam no circuito do testador de capacitores, inclusive (mudando-se o soquete) válvulas de saída tipo miniatura, como a 6AQ5/EL90.

Na prova de capacitores eletrolíticos ocorre uma corrente inicial bastante elevada. A lâmpada néon poderá acender-se fortemente, por um breve instante, mas depois deve diminuir de luminosidade ─ terminando por apagar-se ─ caso o capacitor não esteja defeituoso.

O miliamperímetro 0-3mA que empregamos é opcional e não precisa ficar instalado no painel. A sua finalidade é fornecer uma indicação aproximada a respeito da corrente de fuga, principalmente dos capacitores eletrolíticos. Pode ser um miliamperímetro usado externamente, ligado em série entre um dos bornes de prova e o capacitor ─ por exemplo, entre o borne preto (“-“) e a armadura negativa do capacitor.

Em capacitores de dielétrico de poliéster, por exemplo, de boa qualidade, a resistência mínima de isolação costumava ser de 50.000MΩ, para valores até 0,33µF (inclusive). Isso poderá dar uma única piscadela no provador e depois a néon ficará apagada. Para capacitores maiores que 0,33µF, como informava a Ibrape em seus boletins técnicos, o valor da isolação mínima era de 16.500MΩ.

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