O diálogo entre dois sistemas de mundos – O multímetro analógico e o digital

Chegaram os diodos semicondutores e os transistores

Com a chegada destes seres alienígenas, um novo desafio se impunha sobre os técnicos reparadores – como testá-los.

Para as válvulas existiam testadores específicos.

Muitas lojas de componentes eletrônicos “ofereciam” teste das válvulas mediante o pagamento de uma “modesta” taxa para quem não possuía um testador de válvulas em sua oficina.

Alguns fabricantes como RCA e GE vendiam testadores para transistores, mas eram mais um “caviar” para a maioria dos técnicos aqui na aldeia.

Não sei quem e como surgiu a ideia de testar semicondutores com as escalas ôhmicas dos VOMs.

Até hoje, muita gente, até eu mesmo, uso o “método”, às vezes.

Entretanto, dizer que os resultados são completamente confiáveis é colocar a mão no fogo, principalmente nestes tempos dos “fake transistores”…

Costumo dizer que o teste de um diodo ou transistor é plenamente confiável se indicar que a “vítima” está morta, seja em curto ou sem conduzir de jeito nenhum. Fora isso, é loteria.

A Era Digital chegou

Creio que o primeiro contato que os técnicos reparadores tiveram com o “mundo digital” foi através dos multímetros “sem ponteiro” e denominados pela sigla DVM.

Mas, para muito técnico lá pelos 70, aqui no Brasil, os DVMs continuavam sendo “caviar” do Zeca Pagodinho, assim como os capacímetros e os testadores de transistores.

A sigla – DVM – abreviatura de Digital Volt Meter já indicava, de forma camuflada, que o princípio de funcionamento destes instrumentos era completamente diferente dos seus irmãos mais velhos, os VOMs.

Não entendeu?

É preciso saber ler o que se esconde atrás da sigla – DVM.

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