O diálogo entre dois sistemas de mundos – O multímetro analógico e o digital

Por que alguns instrumentos precisam de uma bateria de 22,5V e outros não?

Você já parou para pensar nisto?

Vou dar uma dica. Os VOMs que utilizam bateria de 22,5V em série com uma ou duas pilhas de 1,5V medem resistências até 100MΩ e os outros não.

E isto está relacionado indiretamente à sensibilidade do instrumento, que é de 50kΩ DC, e que, por sua vez, exige um galvanômetro capaz de medir correntes inferiores a 25µA, como é o caso do SANWA 320X, SH-105 e AF-105, só para citar os mais comuns desta categoria.

Sendo assim, precisamos de uma bateria mais “fortinha” para obter corrente suficiente no galvanômetro quando estamos a medir resistências “grandinhas”.

Aliás, vale observar, meu caro Watson como diria Sherlock Holmes, que a bateria de 22,5V só entra em ação quando estamos na escala de 100MΩ.

Testando capacitores à moda antiga

O primeiro teste que devemos fazer num capacitor é para saber se ele apresenta alguma fuga no dielétrico ou até mesmo curto.

Para este teste, eu diria que aqueles VOMs da antiga, com a tal bateria de 22,5V ,são mais indicados, justamente pelo fato de aplicamos uma tensão maior sobre o capacitor e, se o dielétrico estiver comprometido, o resultado será evidente.

Mas, tome cuidado, não teste eletrolíticos de isolamento menor que 25V na escala de 100MΩ, por razões óbvias.

O segundo teste de um capacitor é para saber a quantas anda a sua capacitância.

Hoje em dia, um montão de multímetros digitais incorpora um capacímetro “quebra-galho”, mas, antigamente, capacímetro era igual ao caviar da música do Zeca Pagodinho – Nunca vi nem comi, só ouço falar.

O jeito era usar a escala ôhmica e avaliar no olhômetro, ou por comparação com outro capacitor igual e confiável, como estavam a carga e a descarga do capacitor suspeito.

E, assim, íamos consertando o que aparecia; erámos felizes e nem sabíamos!

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