O diálogo entre dois sistemas de mundos – O multímetro analógico e o digital

Antes de passar a analisar como os DVMs medem correntes e resistências, retornemos à fig.3 para ver o que ocorrerá quando quisermos fazer uma medida de tensão com algum DVM.

Se olharmos as especificações de qualquer um deles, veremos que não existe a opção de sensibilidade (quilo ohms por volt), como nos VOMs.

Isto porque a impedância de entrada dos DVMs, geralmente, é 10MΩ em DC ou AC.

Sendo assim, garantimos que podemos fazer medições em cargas até 1MΩ com boa exatidão, a depender apenas da qualidade do instrumento que estivermos utilizando.

Como os DVMs medem corrente

Assim como os VOMs medem tensão de modo indireto usando a Lei de Ohm, os DVMs também o fazem. Viva a Lei de Ohm, sem ela não dá para ser um técnico feliz!

Neste caso, a corrente a ser medida irá passar por um conjunto de resistores shunt ligados ao borne negativo do instrumento.

Ao passar pelo shunt, produzirá uma queda de tensão, que será levada ao Conversor Analógico Digital.

O truque para medir resistências nos DVMs

Nos VOMs usava-se uma bateria para produzir corrente ao passar pelo resistor desconhecido e daí em diante Herr Ohm entrava em cena, com sua Lei e nos dava R = V ÷ I e todo mundo ficava feliz.

Reparou que os DVMs não possuem ajuste de zero para a escalas de resistências?

Não possuem porque eles usam uma fonte de corrente constante e, desta maneira, a medida das resistências não será influenciada pela bateria que alimenta o DVM.

A corrente desta fonte será aplicada sobre o resistor desconhecido e mais uma vez a Lei de Ohm vai dar uma mãozinha “transformando” corrente em tensão.

Você poderá ver mais detalhes sobre isto lendo meu artigo Tudo que você precisa saber sobre o método de quatro pontas ou método Kelvin.

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