Qual o melhor multímetro, analógico ou digital?
Já ouviu falar no ditado “cada macaco no seu galho” ou “cada um no seu quadrado”?
Uma bancada bem equipada deveria ter os dois e, digo mais, de diversas marcas e modelos.
Existe uma lenda de que os analógicos com bateria de 22,5V são melhores para testar transistores de junção. O que há por trás desta lenda é que estes instrumentos utilizam galvanômetros que medem correntes de 25µA, ou menos, o que ajuda a identificar um pouco melhor as correntes de fuga coletor-emissor e coletor-base nos BJT.
Reparou que eu disse “ajuda a identificar” e não disse “medir” as correntes de fuga? O deslocamento do ponteiro na escala 100MΩ ou Rx10K destes instrumentos pode mostrar que há uma corrente de fuga entre as junções coletor-emissor e coletor-base, mas isso não significa muita coisa.
Todo BJT tem correntes de fuga nestas junções. O que precisamos saber é se o transistor sob suspeita está apresentando correntes de fuga maiores do que as indicadas no data sheet e isto a medição realizada com a escala ôhmica não mostra.
Deslocamentos “muito grandes” do ponteiro apenas nos dão uma ideia de que o transistor suspeito parece não estar muito “bom da cabeça”.
Por sua vez, os DVMs não nos mostram esta informação.
A posição de teste de diodo deles nos dá o valor da tensão da barreira de potencial na junção base-emissor e aí caberá ao técnico tirar suas conclusões.
Aliás, é sempre assim – não basta medir, tem que saber o que se está medindo e interpretar o resultado.
Considerações finais
Estou ciente que este “diálogo” não se encerra aqui, mas foi um início da prosa para uma conversa de técnicos numa noite chuvosa!
Das entrelinhas, espero que você perceba que para reparar qualquer coisa é preciso saber, antes de tudo, como a “coisa” funciona, inclusive um multímetro, seja analógico ou digital.
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