Dicas e Diagramas – XVIII

O que é um capacitor? É um dispositivo capaz de armazenar cargas elétricas.  Em qualquer equipamento há dezenas de capacitores. Além de armazenar cargas elétricas, os capacitores podem atuar como “filtros” em fontes de alimentação, para ajudar a diminuir as ondulações (ripple) presentes em saídas com tensão pulsativa.

Os capacitores funcionam também para “bloquear” ou como uma espécie de “reguladores” do fluxo de corrente. Capacitores conectados entre a placa de uma válvula e a grade de controle da válvula seguinte estão no grupo dos “capacitores de acoplamento”: deixam passar o sinal, mas devem apresentar uma resistência infinita à tensão direta.

Figura 2.  Nos valvulados, capacitores de acoplamento são críticos nos pontos do circuito de +B (tensões elevadas). Detalhes no texto deste artigo.

Capacitores de acoplamento deixam passar o sinal amplificado entre a placa positiva de uma válvula e a grade sensível da válvula seguinte, esta geralmente em potencial ligeiramente negativo em relação ao catodo. No capacitor de acoplamento o sinal alternado passa, enquanto a alta tensão contínua do +B é bloqueada.

2 comentários sobre “Dicas e Diagramas – XVIII”

  1. Carlos Henrique17 de dezembro de 2023 às 11:35 AMResponder

    Condensador e a forma ” aportuguesada ” mas me lembros de textos em ingles onde se citava ” condender ” em vez de capacitor, que e a forma corrente.

    1. Dante Vanderlei Efrom17 de dezembro de 2023 às 2:32 PMResponder

      Grato, colega Carlos Henrique. Antigamente eram utilizados os termos “condensador”, “resistência”, “indutância” para designar os componentes. A veterana revista Antenna muito auxiliou a revisar e a padronizar a terminologia técnica de eletrônica no Brasil. Assim, condensador virou capacitor, resistência ficou resistor, “bias” virou polarização e assim por diante. O termo “resistência” foi reservado para a propriedade de um material que tende a impedir a passagem de corrente, por exemplo. Já o termo “indutância” foi reservado para a medida da indução eletromagnética, enquanto o componente virou “indutor” etc. Nos últimos tempos, pós-reforma ortográfica, passaram a ocorrer algumas confusões na nomenclatura técnica. Alguns termos técnicos, já consagrados, começaram a ser utilizados novamente como eram nos tempos arcaicos. Catodo, paroxítona, virou novamente cátodo, proparoxítona. Anodo virou “ânodo”, super-heterodino (paroxítona) passou a ser grafada super-heteródino, proparoxítona, como nos clássicos dos primeiros tempos de eletrônica. Penso que é hora de uma nova revisão da terminologia técnica de eletrônica.

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