Dicas e Diagramas – XVIII

Capacitores são como certos vinhos:


pioram com o passar do tempo

Ilustração: “Manual de Radio”, Philco Internacional Corporation, 1943.

Mesmo quando novos, muitos capacitores de antigamente, em especial os eletrolíticos ou os de papel impregnado com óleo, apresentavam altas taxas de falhas, causando grandes dores de cabeça aos reparadores ─ como os maus vinhos. Fugas de corrente em capacitores de equipamentos valvulados, operando em tensões elevadas, eram, e são ainda, fontes frequentes de problemas para o reparador.

Capacitores são dos mais antigos componentes eletrônicos. O capacitor foi inventado em 1745, na Universidade de Leyden, por experimentadores que procuravam uma forma de “condensar” ou “armazenar” a tal de “eletricidade”. Primeiramente a invenção foi chamada de “condensador”. Agora é chamada de capacitor. Capacitores continuam em uso até hoje, dos rádios portáteis e smartphones aos equipamentos aeroespaciais, embora haja diminuído drasticamente o seu tamanho.

*Dante Efrom, PY3ET – Antennófilo desde 1954.

2 comentários sobre “Dicas e Diagramas – XVIII”

  1. Carlos Henrique17 de dezembro de 2023 às 11:35 AMResponder

    Condensador e a forma ” aportuguesada ” mas me lembros de textos em ingles onde se citava ” condender ” em vez de capacitor, que e a forma corrente.

    1. Dante Vanderlei Efrom17 de dezembro de 2023 às 2:32 PMResponder

      Grato, colega Carlos Henrique. Antigamente eram utilizados os termos “condensador”, “resistência”, “indutância” para designar os componentes. A veterana revista Antenna muito auxiliou a revisar e a padronizar a terminologia técnica de eletrônica no Brasil. Assim, condensador virou capacitor, resistência ficou resistor, “bias” virou polarização e assim por diante. O termo “resistência” foi reservado para a propriedade de um material que tende a impedir a passagem de corrente, por exemplo. Já o termo “indutância” foi reservado para a medida da indução eletromagnética, enquanto o componente virou “indutor” etc. Nos últimos tempos, pós-reforma ortográfica, passaram a ocorrer algumas confusões na nomenclatura técnica. Alguns termos técnicos, já consagrados, começaram a ser utilizados novamente como eram nos tempos arcaicos. Catodo, paroxítona, virou novamente cátodo, proparoxítona. Anodo virou “ânodo”, super-heterodino (paroxítona) passou a ser grafada super-heteródino, proparoxítona, como nos clássicos dos primeiros tempos de eletrônica. Penso que é hora de uma nova revisão da terminologia técnica de eletrônica.

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