Dicas e Diagramas – XVIII

Compostos halogenados (fluoreto, cloreto, brometo ou iodeto) são gases ou líquidos que servem como refrigerante (condicionadores de ar, refrigeradores), como solventes líquidos ou como propelentes, em aerossóis, por exemplo. Um dos gases propelentes mais usados é o freon.

Vários hidrocarbonetos halogenados são capazes de provocar aumento das correntes de fuga ou falhas em capacitores. Outros defeitos que podem aparecer nos capacitores, no caso do uso dos compostos químicos: capa do isolante externo atacada, danos aos isolantes, dilatação do disco de fechamento dos capacitores, corrosão e falha prematura do componente. Acautele-se ao borrifar aparelhos eletrônicos com “multiusos”. Não são para isso. Isopropanol (álcool isopropílico) e o álcool comum são mais seguros nesse aspecto, como recomendava o fabricante de capacitores mencionado.


O provador de capacitores de “Antenna”. Um interessante provador de isolamento ou melhor, um testador de fuga em capacitores, apareceu na Revista Antenna número 262, de novembro/dezembro de 1950, em artigo com o título “Atenção aos Capacitores”, de A. F. Trindade. Na Figura 6, a seguir, reproduzimos o diagrama esquemático do aparelho.

Figura 6: diagramado esquemático do provador de capacitores publicado em Antenna.

Poucos componentes eram usados. O circuito coloca os capacitores em teste como parte de um oscilador de relaxação.  A alta tensão é provida por um transformador que podia ser um comum de 2 X 275V, aproveitado de receptor, ou de algum outro equipamento, com secundário até 600V. A válvula era uma octal 6V6, 6V6G, 6F6, 6L6, 42 etc, de saída de áudio, funcionando como retificadora controlada por grade. Nessa função os pinos 4 e 5 são ligados unidos e levados ao terminal central de um potenciômetro de 2 megohms que serve para ajustar a tensão de teste.

2 comentários sobre “Dicas e Diagramas – XVIII”

  1. Carlos Henrique17 de dezembro de 2023 às 11:35 AMResponder

    Condensador e a forma ” aportuguesada ” mas me lembros de textos em ingles onde se citava ” condender ” em vez de capacitor, que e a forma corrente.

    1. Dante Vanderlei Efrom17 de dezembro de 2023 às 2:32 PMResponder

      Grato, colega Carlos Henrique. Antigamente eram utilizados os termos “condensador”, “resistência”, “indutância” para designar os componentes. A veterana revista Antenna muito auxiliou a revisar e a padronizar a terminologia técnica de eletrônica no Brasil. Assim, condensador virou capacitor, resistência ficou resistor, “bias” virou polarização e assim por diante. O termo “resistência” foi reservado para a propriedade de um material que tende a impedir a passagem de corrente, por exemplo. Já o termo “indutância” foi reservado para a medida da indução eletromagnética, enquanto o componente virou “indutor” etc. Nos últimos tempos, pós-reforma ortográfica, passaram a ocorrer algumas confusões na nomenclatura técnica. Alguns termos técnicos, já consagrados, começaram a ser utilizados novamente como eram nos tempos arcaicos. Catodo, paroxítona, virou novamente cátodo, proparoxítona. Anodo virou “ânodo”, super-heterodino (paroxítona) passou a ser grafada super-heteródino, proparoxítona, como nos clássicos dos primeiros tempos de eletrônica. Penso que é hora de uma nova revisão da terminologia técnica de eletrônica.

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