Figura 3. Nas válvulas retificadoras (E), que operam em temperaturas elevadas, a solda a ponto proporciona boas conexões, mesmo na fadiga do metal resultante dos ciclos de dilatação e esfriamento. Nas válvulas tipo grade de quadro (D), cujos elementos são montados com distanciamentos mínimos, às vezes de micrômetros, a adoção da técnica de montagem de soldagem por pontos garantia boa precisão dimensional à estrutura.
A fotografia antiga da Figura 1 foi feita na fábrica da Ibrape, subsidiária da Philips, em 1955. Foi a primeira fábrica de válvulas receptoras no Brasil. A foto mostra o processo de soldagem dos elementos das válvulas. A soldagem era executada com pequenas máquinas de solda a ponto, especialmente desenvolvidas para a finalidade. Era um trabalho delicado, quase sempre executado por mãos femininas.
No início as grades das válvulas Miniwatt/Ibrape do Brasil eram importadas da Holanda. Depois passaram a ser produzidas na própria fábrica da Ibrape. As grades são elementos críticos, que precisam de uniões especiais, além de recozimento do metal para garantir estabilidade dimensional.
Há falta de informações sobre como são fabricadas as válvulas da atualidade. Antes de falar da “sonoridade” de válvulas, talvez devamos insistir junto aos fabricantes: qual é a durabilidade, quais são os metais com que são produzidas as suas válvulas, qual o grau de pureza, quais são os tratamentos físicos e químicos desses metais? Quais são os métodos adotados na soldagem dos elementos das válvulas da atualidade? Não se sabe. Tudo é um mistério. Talvez estes sejam alguns dos motivos da baixa durabilidade das válvulas fabricadas hoje, bem como da elevada taxa de falhas súbitas.
O método da soldagem por ponto foi inventado por Elihu Thomson em 1877 e registrado como RSW, Resistance Spot Welding. Desenvolveu-se principalmente a partir de meados da década de 1920. A grande expansão da técnica ocorreu com a fabricação das válvulas termiônicas.