Solda a ponto ou soldagem por pontos é um tipo de solda autógena, que não utiliza metal de adição. A soldagem comum em eletrônica é por adição da liga Sn-Pb, chumbo/estanho. Já na solda por ponto os metais são aquecidos e fundidos pelo calor gerado pela corrente elétrica, que atravessa superfícies mantidas pontualmente em contato por pressão.
Na fabricação das válvulas, a solda a ponto era utilizada nas conexões internas dos elementos ─ inclusive em metais dissimilares ─ e destes para os pinos da base. Este tipo de soldagem possibilitava excelente desempenho nas válvulas: era resistente a altas temperaturas (que podiam chegar, em alguns elementos, a mais de 700º C), apresentavam baixa resistividade, além de excelente durabilidade e confiabilidade.
Figura 2. Na fotografia, o estágio SCO (oscilador de subportadora e amplificador diferencial). Nos módulos do PMP, as conexões dos componentes foram feitas através de solda a ponto, diretamente em pinos de alma de cobre. O conjunto era depois preenchido com adesivo, para maior resistência às vibrações. As fotografias dos módulos são do engenheiro Ken Shirriff, historiador de computadores, que também fez uma minuciosa engenharia reversa dos circuitos. Confira no link o blog: é superinteressante!
Na atualidade, a soldagem por pontos é utilizada em grande escala na indústria automobilística, na fabricação de carrocerias, por exemplo, principalmente em linhas de produção robotizadas. É adotada também nas indústrias de produção de packs de baterias para aplicações eletrônicas e para veículos elétricos. Até para uso odontológico existem aparelhos miniaturizados de solda a ponto: são úteis e eficientes na fabricação de brackets e outras peças ortodônticas.