Observando-se atentamente a tabela, podemos tirar duas conclusões imediatas.
A primeira é que não parece haver um “critério científico” nos registros dos valores. Provavelmente, eles foram obtidos pelo projetista do instrumento ao medir diversos capacitores de seu estoque. Outra conclusão e, essa sim importante, é que a ESR tende a diminuir com o aumento da capacitância.
Como eu disse, na Internet você irá encontrar um monte tabelas e, certamente, uma diferente da outra, mas com uma coisa em comum: – quanto maior a capacitância menor a ESR.
Além disso, há uma tendência de a ESR aumentar com o aumento da tensão de trabalho para o mesmo valor de capacitância.
Veja na tabela que um capacitor de 1µF apresentou uma ESR de 5Ω para 25V que passou para 20Ω em 250V.
Repare que eu grifei tendência de a ESR aumentar com o aumento da tensão eo fiz com “segundas intenções”, no bom sentido.
Sempre nos disseram que colocar um capacitor de maior tensão de trabalho no lugar de um de menor tensão não teria problema.
Mas, aí tem uma pegadinha pois podemos estar colocando um capacitor com ESR maior do que deveria, o que, em alguns casos, pode ser prejudicial.
Portanto, não exagere “na dose”. Um de 63V no lugar de 25V até vai, mas 250V já é demais, dependendo do tipo de circuito.
Minha sugestão
Os capacitores eletrolíticos mais vulneráveis são os das fontes chaveadas, conversores DC-DC e circuitos que trabalham com frequências altas e, portanto, a troca deles deve e precisa ser feita com muito cuidado.
Pode ser que até funcione na hora, mas os “efeitos colaterais” talvez surjam num tempo muito curto e o aparelho retorne para a sua bancada com o “mesmo defeito” como dizem os clientes.
A menos que o capacitor esteja com a parte superior estufada, eu nunca troco sem fazer três medidas.
Excelente artigo professor !
Baixei todas as 7 partes !
Pedro