Esse tipo de defeito comumente era confundido com “problema do transistor”. Capacitores eletrolíticos com fugas, empregados na função de acoplamento entre o coletor de um estágio transistorizado e a base do transistor seguinte, também seguidamente causavam ─ e causam hoje ainda ─ confusão entre os reparadores.
Muitos tentavam alterar, equivocadamente, os resistores de polarizações de base para diminuir a distorção ou o consumo elevado das pilhas. Outros mandavam importar da Alemanha “transistores melhores” de germânio, por suporem que a causa do defeito seria do componente.
Quedas de tensão provocadas por perdas nos eletrolíticos de acoplamento podem alterar, igualmente, o funcionamento do circuito do controle automático de ganho, CAG do receptor, produzindo sobrecarga na presença de sinais fortes sintonizados.
Desconfie sempre dos capacitores eletrolíticos de acoplamento quando não houver outra causa plausível para defeitos “misteriosos”.
De acordo com os boletins técnicos da Ibrape, da época, eram aceitáveis capacitores eletrolíticos para acoplamento em circuitos transistorizados, que apresentassem no máximo, 2 a 6 µA de corrente de fuga, dependendo do valor de capacitância e da tensão de trabalho do componente.
Na dúvida, o aconselhável é substituir os “abacaxis” suspeitos por novos, de boa qualidade. ─ (Com informações do “Boletim de Serviço Philips”, n.º 1, 1965).
Em aparelho antigo sem transformador
NUNCA ligue fio terra
Figura 6. Aterrar rádio antigo, tipo CA-CC, além do risco de choques letais ao reparador, poderá ter consequência desastrosa ao equipamento.
