Figura 5. Quando os rádios transistorizados se tornaram populares, capacitores eletrolíticos na função de acoplamento, como C1 do desenho, causavam muitos “abacaxis” aos reparadores. Mesmo operando em baixas tensões, capacitores eletrolíticos possuem fugas significativas e, na função de acoplamento, facilmente introduzem distorções e alterações no funcionamento do circuito.
Como já comentamos, capacitores de acoplamento, mesmo submetidos a baixas tensões precisam ser de qualidade e apresentar bom desempenho. Capacitores eletrolíticos, como também enfocamos nas edições anteriores de ANTENNA, possuem fugas, apresentam vida útil menor e perdas maiores que os capacitores com dielétrico de poliéster, por exemplo.
Vejamos o circuito ilustrado na Figura 5: o sinal de áudio do cursor do potenciômetro de volume vai à base do transistor através do capacitor eletrolítico C1.
Em paralelo com C1 há, nos eletrolíticos, uma resistência interna Rp considerável. O potencial de CC em R1 é mais positivo que na base do transistor. Dependendo da resistência paralela Rp em C1 a polarização de base do transistor poderá ficar alterada. Apenas 0,5 V de alteração da polarização de base do transistor pode implicar diminuição do nível de áudio ou distorção.