Componentes de Antigamente: O Retificador de Selênio

Figura 4. Fonte de alimentação do toca-discos portátil Philco modelo 48-1200, com retificador de selênio, conectado à rede de CA. Em equipamentos europeus, da Philips e Telefunken, por exemplo, retificadores de selênio também foram usados para alimentar com CC o filamento das  válvulas pré-amplificadoras de áudio nos primeiros circuitos Hi-Fi (alta fidelidade).

Os reparadores sabiam, à distância, qual era a causa do defeito do aparelho. De longe, sem nem examinar o equipamento, o técnico já sabia que a falha era no retificador de selênio e, eventualmente, em mais algum componente da fonte de alimentação: quando entrava em curto-circuito e queimava, produzia gases malcheirosos.

Quase sempre o fedor era insuportável, parecendo ovo ou repolho podre. A aspiração dos gases ou o contato com resíduos da queima de selênio (bióxido de selênio e seleneto de hidrogênio) são tóxicos e cáusticos: os reparadores deviam ter cuidado e levar o equipamento para uma área ao ar livre. Deviam também procurar não desmontar o retificador queimado com as mãos desprotegidas.

Capacitores espinhentos

Circuitos transistorizados trabalham em baixas impedâncias, ao contrário da maioria dos circuitos valvulados. Em circuitos de baixas impedâncias e baixas frequências os capacitores de acoplamento precisam ser de valores mais elevados.

Isso causou um problema, assim que se popularizaram os aparelhos com transistores: os capacitores de acoplamento, nos estágios de áudio dos receptores e outros equipamentos, por causa das capacitâncias mais elevadas, passaram a ser eletrolíticos, de baixa tensão e miniaturizados.

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