As propriedades semicondutoras de elementos como o selênio na conversão ou retificação de corrente alternada (CA) para corrente contínua (CC) foram estudadas por Braun, Schuster e Siemens, já a partir de 1874. Os retificadores, como se sabe, “conduzem” ou oferecem baixa resistência à corrente em um sentido, e “isolam” ou oferecem uma resistência alta no sentido oposto.
No começo, equipamentos eletrônicos como os receptores contavam com válvulas retificadoras para a conversão da rede de tensão alternada em contínua. Por volta de 1930 surgiram os diodos retificadores de selênio para substituir as válvulas nas fontes de alimentação. Os retificadores metálicos baseiam-se nas propriedades químicas semicondutoras de certas junções, como cobre-óxido de cobre e ferro-selênio.
Os primeiros retificadores de selênio eram usados em galvanoplastia e em carregadores de baterias. Os retificadores de cobre foram muito empregados em aparelhos de medições eletrônicas, alguns em funcionamento até hoje.
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Figura 2. Pequeno retificador de cobre, de meia onda, comum nos instrumentos eletrônicos dos anos 50, empregado no miliamperímetro do provador de válvulas Heathkit TC-3.
Por sua robustez e durabilidade os retificadores de selênio logo passaram a ser utilizados em aplicações como nos receptores sem transformador de alimentação, em seguida em televisores e depois até nos primeiros computadores da IBM e nas primeiras máquinas copiadoras.
Seu emprego chegou a 1970, quando começaram a ser comercializados em larga escala os diodos de silício, que apresentavam menor queda de tensão direta e podiam ser produzidos em tamanhos bem menores. Hoje a maioria dos retificadores de selênio pode ser substituída por diodos comuns como o 1N4004.
O retificador de selênio continua sendo produzido, mas para o mercado de reposição. Não há mais vantagem em seu emprego. Na eletrônica dos rádios antigos é empregado nas restaurações com rigor histórico.