Análise do Amplificador Nashville NA 2200 PRO

A dissipação de calor do estágio de saída do amplificador é providenciada por uma espessa chapa de alumínio que forma sua base. Não é um formato usual, mas a área e a espessura, associadas ao bom fluxo de ar provido pelo exaustor, permitem que o amplificador trabalhe bem, mesmo com cargas pesadas. Nos nossos testes, a temperatura manteve-se bem comportada. Adicionalmente, a Micrologic inseriu um disjuntor térmico ao circuito, para desligar a alimentação em caso de sobreaquecimento. Ele atuou apenas em regime  de senoide permanente à potência máxima, em 4Ω, após vários minutos.

Os bons transformadores toroidais são blindados, o que é muito bom, e, na verdade, fazem parte de uma fonte única, cada um responsável por uma malha da alimentação. Outra característica não usual da fonte, mas, novamente, funcional e adequada para o equipamento.

A única mudança na fonte foi a substituição das pontes retificadoras originais por unidades mais novas de 35A, bem robustas. Não era necessário, pois as pontes originais eram adequadas para a tarefa e estavam em bom estado, mas, o proprietário quis mudar e mal não fez, e nem faria.

O amplificador é bem simples e robusto. Em seu painel dianteiro temos um conjunto de leds formando um medidor de VU, junto a uma grelha de ventilação, e dois controles de nível de entrada, além da chave de força. Na traseira, as conexões usuais com material de boa qualidade. Entradas RCA e saídas para dois pares de caixas acústicas.

8 comentários sobre “Análise do Amplificador Nashville NA 2200 PRO”

  1. Fernando16 de outubro de 2021 às 9:04 PMResponder

    Show!!!
    Como sempre um brilhante artigo. Mas dixou uma dúvida…
    Qual potência rms dele aferida em 8 e em 4 ohms???
    Segundo o manual que tenho seria 200 e 325wrms respectivamente…
    No mais parabéns.

    1. Antenna16 de outubro de 2021 às 9:09 PMResponder

      Obrigado, Fernando! Quanto à potência, eu faço quase que uma pegadinha, sem querer. Veja o título das senoides de teste, mostradas nas páginas 7 e 8. Forte abraço,

  2. Thiago24 de outubro de 2023 às 5:40 AMResponder

    Parabéns pelo artigo.
    Lendo os artigos e analisando os esquemas, me parece que os amplificadores com VAS simétrico sempre têm menor DI. Confere?

    1. Antenna25 de outubro de 2023 às 8:46 AMResponder

      Essa sua pergunta simples dá resposta “prá mais de metro”. Um grande problema com configurações simétricas, nestes casos, é torná-las verdadeiramente simétricas na vida real. Sua performance depende também da classe de operação. Não necessariamente vai ter melhor DI. VAS simétricos são mais complicados e a configuração convencional, bem projetada, costuma ter melhor relação custo-benefício, nesses aspectos. Uma análise profunda sobre “Push-Pull VAS” é feita por Douglas Self, no capítulo 8 da última edição de seu Audio Power Amplifier Design (6a. Edição). Vale (muito) a leitura.

      1. Thiago27 de outubro de 2023 às 5:45 AMResponder

        Obrigado por responder!
        Eu venho estudando o assunto desde 2005. Tenho lido os livros do Self, Cordell, Slone. Aprendi também acompanhando a extinta Audiolist.

        Tem coisas que os livros não dizem, mas o ouvido aponta. Sou músico e meu ouvido é crítico.

        Faço minhas montagens de amplificadores artesanais, no modo aranha mesmo. Meu circuito de referência sempre foi o do Quasar, pela simplicidade.

        Mas, quando resolvi montar o circuito com VAS simétrico (com base no Gradiente M126, Sansui AU217)…..quanta diferença. o som “desembolou”.

        Em resumo, as análises que o Sr. apresenta, mais a minha experiência subjetiva, indicam que o VAS simétrico oferece qualidade superior.

        1. Antenna27 de outubro de 2023 às 9:16 AMResponder

          Prezado Thiago, VAS simétricos têm vantagens e desvantagens, e, considerada a simplicidade, não levam grande vantagem sobre os que operam em classe A, por exemplo. Self mostra bem isso, e que, também, nossos ouvidos são uma referência ruim para análise objetiva de engenharia de áudio. A qualidade que você observa, como você bem colocou, é referente à sua experiência subjetiva. Apenas para fins de comparação, neste meu projeto de amplificador que pode operar em classe A e B, veja os resultados em classe B para um estágio VAS simples, não simétrico: https://revistaantenna.com.br/construa-um-amplificador-em-classe-a-para-algo-mais-parte-ii/. Simetria é quase sempre uma coisa boa e bonita, e o ser humano acha agradável, em vários sentidos, coisas simétricas, mas, na prática, construir máquinas com simetria perfeita é bem complicado, e, dependendo do caso, em áudio, nos limites da percepção, não é algo necessário. Obrigado pelos comentários e fique de olho na revista, pois haverá mais artigos sobre amplificadores, distorção etc. Forte abraço,

  3. José Magno da Silva8 de março de 2024 às 11:42 PMResponder

    Brilhante apresentação. Acabei de adquirir um NA-2200 Pro, claro que usado, mas, aparentemente bem conservado. Estou esperando receber o mesmo para testar e saber de sua qualidade. Estou pensando em usar um Gradiente Model 360 como pré e lixar seu painel para ficar na cor natural, alumínio, para combinar mais com o 360. Acho que ficará bom.
    Tenho duas perguntas:
    1- Qual ventoinha moderna posso usar nele? Você pode me indicar um modelo com suas especificações ou referência?
    2- Como ou onde, consigo o manual do proprietário do NA-2200 Pró?
    Antecipadamente agradeço e o parabenizo pelo artigo tão completo e útil.

    1. Antenna10 de março de 2024 às 11:24 AMResponder

      Obrigado, José Magno,
      Quantos aos questionamentos, creio que a melhor solução seria utilizar uma ventoinha dessas de PC, de baixo ruído; uma muito boa e com bom preço é a Noctua, mas o circuito de controle original do NA não servirá para ela. NO Aliexpress e no Ebay você encontra controles de velocidade para ventoinhas modernas, que devem servir.
      Quanto ao manual, não sei se ele existe, mas existe um grupo no Facebook sobre produtos Micrologic que, eu creio, tem gente que poderá ajudar.
      Forte abraço,

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