Construa Um Amplificador em Classe A, Para Algo Mais… Parte II

Marcelo Yared*

Então, pessoal, neste mês continuaremos com o nosso projeto do amplificador em classe A, seu diagrama esquemático, medições objetivas etc.

Iremos agora relembrar, e esclarecer, alguns pontos sobre este projeto:

– Utiliza apenas semicondutores fáceis de se achar no comércio. Algum cuidado tem que ser tomado quanto aos transistores de potência, por conta de falsificações, mas, de uma forma geral, esse risco é baixo. São transistores baratos;

– esses semicondutores já estavam disponíveis nas décadas de 1970 e 1980, assim, a fidelidade e demais características agora obtidas poderiam sê-lo então, com os procedimentos adequados de projeto e montagem;

– eles podem ser substituídos por componentes mais modernos, sem problemas, com ganho de qualidade e durabilidade, para quem assim o desejar;

– os resultados podem variar em função da montagem, fonte utilizada e fiação. Construa sabendo de seus riscos e limitações;

– algumas características foram adequadas ao fato de que este amplificador trabalhará em duas classes de amplificação distintas, bem como para a utilização de tensões maiores em classe B, de forma a se obter mais potência na saída nesta condição de operação;

– Como o consumo de corrente é constante, e alto, quanto melhor a fonte melhor o resultado, dentro de certos limites, contudo.

Diagrama esquemático

O circuito utilizado segue os convencionais amplificadores de três estágios que podem ser encontrados nas referências já citadas na primeira parte deste artigo, com alguns ajustes e adaptações para nossa realidade e disponibilidade de componentes.

A entrada apresenta impedância relativamente baixa, mas facilmente excitável por um bom pré-amplificador.

Para aumentar as chances de sucesso nesta empreitada, é aconselhável utilizar-se um medidor de HFe para transistores bipolares, que não precisa ser sofisticado, para providenciar o casamento de ganho entre alguns deles.

*Engenheiro Eletricista

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