A foto mostra o transformador aberto: são duas metades idênticas, montadas uma sobre a outra. Uma metade funciona como enrolamento primário do transformador; a outra metade, encaixada invertida, funciona como secundário. Na mesma fotografia podem ser vistas as hastes de acoplamento (semelhantes a grafites de lápis) entre primário/secundário do transformador.
Figura 3. Versão posterior, tipo “miniatura”, do transformador de F.I. com ferroxcube.
• Instabilidades e oscilações espúrias no receptor Philips modelo B2R76-U e outros
A aplicação de transformadores de F.I. de baixíssimas perdas e elevado rendimento, mais a adoção crescente de válvulas pentodo modernas, de elevada transcondutância, permitiram bom ganho, boa seletividade e boa estabilidade, inclusive em frequências altas. Isso exigiu também maiores cuidados dos projetistas e dos fabricantes de receptores de rádio, no sentido de se evitar a ocorrência de instabilidades no funcionamento dos circuitos, em especial, contra oscilações espúrias nos estágios de F.I.
Oscilações espúrias de RF podem provocar “bloqueios” estranhos nos sinais sintonizados, “motorboating”, “chilreios”, apitos heteródinos etc. Nas fábricas, para evitar o surgimento de instabilidades e/ou oscilações espúrias de RF nos receptores, empregavam-se blindagens e cuidados na fiação e na disposição dos componentes, em especial junto aos pinos dos elementos sensíveis das válvulas. Na etapa de F.I. outro recurso empregado era o de “neutralização” do circuito ou “feedback” (realimentação), feita através de um capacitor de pequena capacitância (alguns pF), que aplica um sinal de fase oposta à grade da válvula.
