Dicas e Diagramas – II

Advertência: as tensões existentes nos aparelhos valvulados podem ser letais. Reparações, manutenções ou restaurações nesses equipamentos devem ser realizadas por quem tenha conhecimento e prática no manuseio de aparelhos que oferecem risco de choques elétricos, adotando as indispensáveis medidas de segurança. Por ano, mais de 30 mil trabalhadores, no mundo todo, sofrem choques elétricos − muitos dos quais fatais. Desse total, 97% dos choques elétricos acontecem em locais de trabalho. Não seja você também ─ ao lidar com equipamentos valvulados ─ mais um a engrossar as estatísticas das vítimas de eletrocussões.

O surgimento do ferroxcube

Não foram somente componentes como os transistores e os circuitos integrados que representaram importantes passos na evolução da eletrônica. Por volta de 1945, o mundo tomou contato inicial com uma invenção que também traria grande progresso à técnica eletrônica. Nascido nos laboratórios de pesquisas da Philips na Holanda, o novo produto foi patenteado, em 1953, com o nome de “ferroxcube” e revolucionou a tecnologia dos compostos cerâmicos de ferrites, por ter elevada permeabilidade, baixas perdas, alta densidade de fluxo magnético, com menor saturação e por ser capaz de operar em amplas faixas de frequências.

No Brasil, a novidade foi apresentada pioneiramente na edição de maio de 1948 da revista Antenna em artigo intitulado “Atenção à F.I.”, de autoria do engenheiro civil, engenheiro eletricista e então redator da publicação, Renato Cingolani. O artigo teve imediata repercussão. Em pouco tempo, ficaram conhecidas as grandes vantagens da utilização dos núcleos de ferroxcube nos indutores de radiorreceptores, como nos transformadores de F.I., frequência intermediária, dos super-heteródinos.

*Dante Efrom, PY3ET. Antennófilo, jornalista, radioamador, redator e autor de textos técnicos sobre eletrônica, radioamadorismo e reparações. Assinante, leitor e colaborador de Antenna/Eletrônica Popular no tempo de G.A. Penna, PY1AFA.

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