Dicas e Diagramas – II

Com o passar dos anos, os materiais cerâmicos magnéticos passaram a ser aplicados em muitos outros campos da eletrônica: dos transformadores e indutores de RF aos transformadores das fontes de alimentação chaveadas; dos ímãs dos alto-falantes aos filtros supressores de interferências; nos motores, geradores, sensores e atuadores, nos sistemas de exploração, na aviônica, nas telecomunicações, na eletrônica embarcada, nos  eletrodomésticos, tudo passou a contar com ferrites cerâmicos que evoluíram a partir do ferroxcube.

O termo ferroxcube veio da estrutura cristalina cúbica do material ferromagnético produzido pela Philips. Nos transformadores de F.I. a evolução ocorreu nos núcleos de ferroxcube, que permitiram a sintonia por variação indutiva, bem como  na criação de capacitores especiais de fio, de 115pF, denominados na época de “condensadores estirados”, com tamanho reduzido e com vantagens que não podiam ser oferecidas nem pelos melhores capacitores de mica da época.

O transformador de F.I. Philips/Ibrape tipo 5730/52

Projetado para frequências de ressonância entre 446 e 464kHz, os indutores de F.I. originais da Philips/Ibrape tipo 5730/52 (vide Figura 1), eram feitos com dois enrolamentos idênticos de fio Litz, com derivações primária e secundária a 0,7 e núcleos de ferroxcube.

Figura 1. O transformador de F.I. Philips/Ibrape com ferroxcube, que marcou época. Na ilustração: 1 – Bobina de fio Litz. 2 – Placa de material de baixas perdas. 3 – Capacitor de fio “estirado”, 115pF. 4 – Núcleo de ferroxcube. 5 – Bastão de ajuste, de ferroxcube. 6 – Capacitor de fio “estirado”, 115pF. 7 – Bastão de ligação, de ferroxcube.

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