Figura 9. Chassi do receptor Philips modelo FR769-A, de nove válvulas. Blindagens especiais foram instaladas pelo fabricante entre os pinos das válvulas e entre estágios. Ao fazer reparações em montagens antigas superlotadas como a da foto é preciso muito cuidado para não provocar curtos-circuitos entre os componentes ou para não romper alguma ligação de aterramento das blindagens.
Em receptores com alto-falante de campo, o zumbido poderá aparecer caso algumas espiras do enrolamento entrem em curto-circuito. Este é outro caso de zumbido que praticamente não será alterado pela posição do controle de volume. Ao fazer reparações em alto-falantes de campo, não se esqueça de identificar antes os fios das ligações da bobina: inversão dos fios também pode causar zumbido.
Zumbido com o controle de volume em zero às vezes é causado por falta de aterramento da carcaça do próprio potenciômetro, principalmente nos modelos com interruptor acoplado. Em alguns equipamentos de antigamente a chave era acoplada no potenciômetro de tonalidade. A C.A. no potenciômetro pode induzir zumbido em circuitos funcionando em alta impedância. Este é um dos motivos de alguns potenciômetros terem a sua carcaça de metal (ou a sua extremidade inferior) ligada a uma boa conexão de massa.
Cabe lembrar que potenciômetros como os de volume geralmente trabalham em pontos sensíveis dos circuitos. Dependendo da sua construção, são elementos particularmente suscetíveis à captação de zumbidos. Nas montagens ou nas manutenções, sempre que possível opte por potenciômetros com corpo de metal.
A pista circular do potenciômetro pode funcionar como uma espira sensível à captação de induções de C.A. próximas, caso não haja blindagem no potenciômetro ou se esta não é eficiente. Bons potenciômetros possuem as chaves liga-desliga, acopladas ao eixo, inteiramente cobertas por metal, para evitar roncos e zumbidos. Como já descrito, as carcaças dos potenciômetros devem ser conectadas à massa do circuito. As ligações dos seus terminais ao circuito devem ser feitas com cabo blindado.
Se o capacitor de saida da fonte entrar em curto, como descrito, nao haveria tensao alguma de saida e, portanto, nenhum zumbido mas talbez uma valvula ou diodo em curto…
Grato, colega Carlos Henrique. Talvez, depende da resistência de carga da fonte (no caso, curto do capacitor), ou seja, depende do tipo de “curto”. O colega pensa em curto total, “zero ohm”, provavelmente. Na prática não é bem assim. Dos capacitores eletrolíticos defeituosos da foto do artigo apenas um apresentou curto de zero ohm. Vários apresentaram resistência de até 1K. Com esse valor o capacitor perde a eficiência na filtragem e passa a funcionar meramente como resistor de drenagem, deixando passar tensões de ronco. É comum haver uma tensão presente na saída, (salvo que haja um fusível) ─ até onde aguentarem o transformador de força ou a retificadora, mesmo com o capacitor de saída da fonte funcionando em “curto-circuito” parcial.