Na bancada o ferro de soldar deve ser manuseado com cuidado: há sempre o perigo de queimaduras e de danos nos aparelhos. Um pequeno toque acidental com o ferro quente no gabinete plástico de um receptor de cabeceira é capaz de provocar marca quase impossível de solucionar.
Há que se lembrar, igualmente, que o ferro de soldar pode provocar incêndios: já esquecemos um soldador ligado, por um dia e uma noite, na oficina. Quando fomos retomar o serviço, o ferro estava completamente rubro, soltando fumaça. O ideal é ter uma chave-geral na bancada ou na oficina. Ao terminarmos o serviço deve ser sempre desligada, por segurança.
Nos ferros potentes, com ponta de cobre, a tendência é de que, com o uso, esta comece a apresentar buraco na superfície. Sujeira na ponteira ou falta de estanhamento diminuem a eficiência na soldagem. Para manter a face de cobre sempre lisa e estanhada, espere o ferro esfriar e use uma lima velha. Depois da limagem, ligue-o novamente e faça a reestanhagem assim que a ponta aqueça.
Figura 7. Para minimizar os efeitos da fumaça de soldagem, potencialmente perigosa, recomenda-se a utilização de extratores/exaustores. Na foto, um Hikari HK-707.
As ponteiras dos ferros modernos possuem um revestimento protetor. Caso este seja contaminado ou fique oxidado, a sujeira precisa ser removida. Não use lixas: a camada protetora será danificada. Falta de limpeza, soldas com fluxo de má qualidade ou pastas de soldas, queimadas na ponteira, prejudicam o estanhamento. Melhor é tentar remover a sujeira com esponja vegetal ou um trapo, ligeiramente úmidos e fazer um reestanhamento.
Não use o ferro de soldar para derreter plásticos. Estragará a ponta.
Não aplique a solda na ponta do soldador para a soldagem. A técnica correta é manter a ponta do ferro encostada na conexão. Aguarde alguns segundos até que esta atinja a temperatura adequada. Encoste a solda na junção a ser soldada. Aguarde até que a solda penetre na junção e remova a ponta do soldador para o lado.