Tecnicamente é viável soldarem-se componentes em alumínio com liga de estanho/zinco, mas não recomendável, necessitando-se de uma película protetora de revestimento. As soldas em alumínio oxidam-se e deterioram-se com facilidade. Conexões soldadas em alumínio podem até apresentar aparência boa, na “cobertura”, mas eletricamente costumam aumentar a resistência de contato com o passar do tempo. Estes são os metais que mais facilmente podem ser soldados com ligas de estanho: cobre, latão, ferro, níquel, zinco, aço, estanho.
Alguns colegas relatam dificuldades em fazer soldagens em chapas de ferro, pintadas ou cadmiadas, utilizadas antigamente como chassi ou como blindagens: o importante é que os metais a serem unidos estejam livres da tinta e de óxidos no ponto da soldagem. Nem sempre a oxidação é visível. Às vezes a camada de óxido é apenas molecular, mas já pode prejudicar a aderência da solda. A limpeza prévia das peças é indispensável. Metais como o ferro podem ser soldados com mais facilidade se receberem uma cobreação prévia, passando-se antes um pincel embebido em sulfato de cobre a 5% no local da soldagem.
Está em dúvida se a velha pasta de soldar da oficina é ou não agressiva? Passe um pouco do produto em uma tira fina de cobre. Mesmo que apenas marque o cobre, após algumas horas, você saberá se a sua pasta infindável ─ aquela que gente usava, usava, e parecia nunca terminar ─ pode ser corrosiva ou não. Se marcar a lâmina de cobre, não deve ser usada em aplicações eletrônicas
A ferramenta mais importante
Há uma grande variedade de ferros de soldar disponíveis na atualidade, desde os chamados tipos “machadinha” até os tipos “caneta”. Na oficina de reparações de rádios antigos e de montagens valvuladas, o importante é que essa principal ferramenta de serviço aplique o calor correto, no tempo necessário, para obter soldagens perfeitas. Para isso e para maior eficiência, mantenha a ponta do ferro de soldar sempre limpa e brilhante.
Figura 6. Na lateral da bancada de serviços para equipamentos antigos ─ sempre pronto para ser sacado. O suporte, feito com tubos cimentícios, mantém o soldador aquecido, além de evitar queimaduras e o perigo de incêndios.
O tamanho adequado da ponta e a potência do ferro de soldar dependem do tipo de serviço. Nos ferros menores e com pontas pequenas, o calor estará concentrado em pequena área e se dissipará rapidamente quando a soldagem for em peças grandes. Já os ferros grandes com pontas largas, embora sejam mais eficientes para difundir o calor em soldagens no chassi, por exemplo, não servem para serviços em pontos apertados da montagem: podem causar não só danos nos componentes pequenos a unir, mas também nos circunvizinhos.