Dicas e Diagramas – XIII

Figura 5. Entre a grande variedade de tipos de soldas existentes no mercado, a Sn-Pb 60X40 (rolo azul) é a mais comum para serviços de reparações ou montagens de aparelhos eletrônicos como rádios. A pistola de soldar continua prática: leva poucos segundos para que a ponteira esteja aquecida, mas atenção: soldadores antigos não são recomendáveis para trabalhos de soldagem ou dessoldagem em circuitos que tenham componentes sensíveis como FETs, CIs ou SMDs.

As ligas de soldas indicadas para montagens, dessoldagens e ressoldagens manuais em equipamentos eletrônicos são as em fio, com fluxo. A liga de solda tipo 60X40 (carretel azul) entra em estado pastoso a 183º C e se funde a 189ºC. A solda tipo 63X37 (carretel laranja) tem ponto de fusão a 183º C e é indicada principalmente para retrabalhos eletrônicos. O fluxo auxilia no poder de “molhabilidade” ou “espalhamento” da solda. Para aplicações eletrônicas, o fluxo contido no núcleo dos fios de solda não pode ser corrosivo.

A temível pasta de soldar

Nas fotos da Figura 2,apresentadas anteriormente, o receptor da esquerda é um Philips FR769 A, fabricado em 1957. Já o receptor da direita é um Semp PT-76, fabricado em 1970. O Semp, mais recente, chegou aos dias atuais em estado lastimável: as soldas estão escurecidas e há pontos de oxidação severa nas soldagens feitas no chassi.  A montagem é de má qualidade. Os lides dos componentes e os fios das bobinas mostram sinais de comprometimento.

Já o Philips está em excelentes condições, passados 66 anos desde a sua produção: as soldas estão perfeitas, brilhantes, o chassi continua em estado perfeito, sem oxidações e sem manchas causadas por respingos de produtos ácidos utilizados durante a soldagem. A diferença entre os dois equipamentos é gritante, não apenas na qualidade dos componentes, mas principalmente nas técnicas de soldagem ─ boas no Philips e sofríveis no Semp.

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