Figura 3. Conexões múltiplas no chassi requerem, além de soldadores de maior potência, uma cuidadosa limpeza prévia do metal no ponto da soldagem (lingueta, no centro da foto). Receptor Geloso de quatro faixas, de 1948: montagem caseira a partir de conjunto de bobinas. O chassi era fornecido já pintado no kit da fábrica Geloso.
Nas soldagens em terminais é recomendável que haja uma boa conexão mecânica entre as peças, dobrando em “L” ou enrolando a ponta do condutor no ponto de soldagem. Não se fie em soldas apenas “encostando” os condutores para manter as peças unidas.
Muito cuidado ao tentar limpar, no interior do chassi, lides de componentes ou superfícies de terminais com esponjas de lã de aço: as partículas do metal podem cair entre os componentes e provocar curtos-circuitos ou ser atraídas para o cone do alto-falante.
Geralmente os receptores antigos estão tomados de poeira e sujidades. Fazer reparos em tais aparelhos exige, além da remoção da oxidação e da sujeira no ponto da soldagem, também uma boa limpeza geral no equipamento: assim poderão ser melhor detectados outros problemas eventualmente existentes no circuito, como condutores com isolação em mau estado, soldas deficientes, componentes “torrados” etc.
Depois de trocados os componentes e efetuadas as reparações pode ser necessária nova limpeza, para eliminação do excesso da resina da solda ou breu.
Na Figura 4 observa-se uma deficiência que às vezes ocorria na montagem dos receptores: o excesso de resina escorria, durante a soldagem, para o interior do terminal tipo garfo. Em consequência, o pino da válvula octal podia ficar isolado, sem contato no soquete.