Dicas e Diagramas – Que tipo de válvula é esta?

Figura 13. Diagrama esquemático do receptor 64/58 GW “Bobby”. No funcionamento em 127 e 220 V, a alimentação é feita através dos resistores de queda R14 (200 Ω, 6 W), R4 (520 Ω, 8 W) e R18 (125 Ω, 6 W). Antes de ligar o aparelho, conferir as condições de isolação do cabo de alimentação, na entrada do receptor, o plugue, o estado dos capacitores C17 e C18 (50 µF X 250/275 V) e os demais componentes. Este circuito funciona com sistema de linha de massa “flutuante”, mencionado na edição anterior de Antenna: por segurança contra o risco de choques perigosos, atenção especial deve ser dada ao capacitor C22 (5.000 pF, 0,005 µF ou 5 nF) que precisa ser de classe Y, para 250 ou mais VCA.

Opera com uma válvula triodo-heptodo UCH81 como osciladora-misturadora, um duplo diodo-pentodo UBF80 como amplificadora de FI (473 kHz) e detetora, mais um triodo-pentodo tipo UCL81 como pré-amplificadora/válvula de saída de AF. O receptor custava 150 marcos alemães na época.

Algumas particularidades do receptor: a fonte de alimentação funciona com retificador de selênio. Não há capacitor variável: a sintonia é por permeabilidade, através de um mecanismo que varia a indutância das bobinas pela inserção de um núcleo de ferrite ─ um sistema que seria adotado, anos depois, por fábricas de rádios automotivos do mundo todo.

O gabinete é em material termoplástico colorido, chamado Meladur (uma espécie de plástico produzido pela reação melamínica com formol). O Meladur (também chamado de Duroplast), foi utilizado até na produção das carrocerias dos carros Trabant, o veículo popular da DDR.

7 comentários sobre “Dicas e Diagramas – Que tipo de válvula é esta?”

  1. Volnei Deutschmann23 de dezembro de 2022 às 2:24 PMResponder

    Excelente artigo.
    Bem didático e intuitivo realmente vai me ajudar nas várias caixas de válvulas que possuo onde a identificação lateral não existe mais.
    Parabéns.

    1. Dante Vanderlei Efrom25 de dezembro de 2022 às 2:27 PMResponder

      Gratos, colega Volnei! As informações têm ajudado ─ a nós também ─ a reaproveitar muitas válvulas boas que estavam “encostadas” na sucata, por falta de identificação. Abraço.

  2. José Ephigenio da Silva28 de dezembro de 2022 às 3:26 PMResponder

    Eu já usei alguns métodos,mas o artigo acrescentou muito! Excelente publicação.

  3. José Ephigenio da Silva28 de dezembro de 2022 às 3:32 PMResponder

    Eu já usei alguns métodos,mas o artigo publicado acrescentou muito! Excelente matéria.

    1. Dante Vanderlei Efrom1 de janeiro de 2023 às 5:51 PMResponder

      Obrigado, colega José Ephigenio. Cada válvula antiga que se consegue identificar é motivo de alegria. São muitas as que ainda podem prestar bons serviços.

  4. Vieira Antonio Carlos12 de janeiro de 2023 às 8:40 AMResponder

    adorei…, muito bom parabens

  5. Dante Vanderlei Efrom15 de janeiro de 2023 às 2:15 PMResponder

    Gratos, colega Antonio Carlos! Esteja sempre conosco em Antenna.

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