Figura 2. O código auxiliar de identificação (“5W”) gravado na base P8A de oito contatos poderia indicar que a válvula, sem inscrição de tipo visível, se trata da PEN-A-4. Mas o código correto é o “HW”, correspondente à válvula tipo CY2, retificadora/dobradora de tensão, de dois anodos e dois catodos independentes, de aquecimento indireto, produzida em 1934. Observação: ao contrário do que informam alguns reparadores na internet, a CY2 não é para ser usada como retificadora de onda completa.
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Há vários métodos empíricos, em uso ainda hoje pelos reparadores, para tentar descobrir inscrições apagadas nos bulbos de vidro das válvulas.
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Primeiramente, é preciso que a válvula seja limpa cuidadosamente. Use um pincel macio, em seguida uma flanela levemente umedecida. Nada de usar a parte verde das esponjas da cozinha. Nada de usar esponjas de aço tipo “Bombril” ou produtos abrasivos para a limpeza: são proibidos, no caso.
Em seguida, depois que o vidro estiver com a superfície seca, podem ser experimentadas as seguintes alternativas:
─ Aplicação de talco impalpável ou pó de grafite no vidro, em camada bem fina. A aplicação pode ser por sopragem com pera de borracha ou através de um pincel bem macio (como os usados em maquiagens), de forma semelhante à da técnica de levantamento de impressões digitais.
─ Outra alternativa a ser tentada é colocar a válvula no congelador por alguns minutos e bafejar depois a superfície do bulbo de vidro.
─ Para os não carecas, há um outro método empírico usado pelos profissionais de reparação de antigamente: esfregar a válvula nos cabelos. Dizem que a oleosidade capilar serve de tônico para tornar visível a gravação apagada. ☺
─ Utilizar iluminação brilhante e lupa.
─ Comparar visualmente a válvula desconhecida com outra de estrutura semelhante. Este método nem sempre proporciona uma identificação correta: muitas válvulas aparentam ser idênticas na aparência dos seus elementos, mas podem possuir Vf diferentes (6,3 V e 12 V de alimentação de filamentos), por exemplo). Outros tipos de válvulas também podem ser semelhantes, visualmente, nos formatos dos seus elementos, mas sofreram modificações nas suas ligações: durante a Segunda Guerra houve fabricantes que aproveitavam a mesma estrutura de pêntodos para a montagem de válvulas com características diferentes.
Excelente artigo.
Bem didático e intuitivo realmente vai me ajudar nas várias caixas de válvulas que possuo onde a identificação lateral não existe mais.
Parabéns.
Gratos, colega Volnei! As informações têm ajudado ─ a nós também ─ a reaproveitar muitas válvulas boas que estavam “encostadas” na sucata, por falta de identificação. Abraço.
Eu já usei alguns métodos,mas o artigo acrescentou muito! Excelente publicação.
Eu já usei alguns métodos,mas o artigo publicado acrescentou muito! Excelente matéria.
Obrigado, colega José Ephigenio. Cada válvula antiga que se consegue identificar é motivo de alegria. São muitas as que ainda podem prestar bons serviços.
adorei…, muito bom parabens
Gratos, colega Antonio Carlos! Esteja sempre conosco em Antenna.