Com a moda dos rádios antigos, é impressionante a quantidade de receptores com a calibração toda mexida por “oidartécnicos”, conhecidos como radiotécnicos às avessas: chave de fenda à mão, danificam núcleos de ferroxcube das bobinas, alteram o ajuste da banda passante dos indutores de F.I. e tiram completamente da ressonância os circuitos sintonizados do aparelho. Por desconhecimento de reparações, podem produzir defeitos maiores que os existentes.
• Conhecendo os componentes de antigamente: o trimmer a ar
Nos rádios europeus eles eram comuns. Em muitos modelos de receptores nacionais do tempo das válvulas também. Referimo-nos aos trimmers concêntricos com dielétrico a ar, ou mais precisamente aos capacitores compensadores da Philips.
Os trimmers a ar eram fabricados em dois modelos, tipo 7863 (3-20 pF) e 7864 (3-30 pF), em alumínio sobre isolação em cerâmica. Possuíam elevado Q e excelente estabilidade de frequência.
Por sua qualidade, foram empregados inclusive em circuitos de VHF, como nos receptores de televisão, e em usos profissionais, como em geradores de sinais e instrumental de laboratório. Não se usam ferramentas metálicas no ajuste de trimmers, indutores de F.I. e outros componentes de circuitos sintonizados.
Figura 3. Ferramentas de calibração e trimmers de dielétrico de mica/dielétrico a ar
Para os trimmers Philips usa-se como instrumento de calibração uma chave tipo “canhão”, de PVC ou outro material isolante. A fotografia mostra uma outra ferramenta de calibração que pode ser improvisada com um tubo de caneta tipo Bic (na base da foto, à direita), aquecido no soprador térmico e moldado no formato hexagonal do rotor do trimmer.
Muito bom saber que esta revista volta a ser publicada, fico feliz e parabenizo as pessoas envolvidas neste processo , serei assíduo leitor.
São ótimas notícias sobre a publicação da revista Antena!A todos que empenharam pela publicação da conceituada revista, parabéns pelo empenho.
Obrigado!