O pessoal da área de áudio vem, há um bom tempo, observando estas regrinhas. A propósito: muito do que se comenta na internet sobre “timbre” dos capacitores pode não passar de ligações “invertidas” do componente no circuito ─ ou até de capacitores com defeitos. Um capacitor de placa e grade com fuga, por exemplo, altera o regime de funcionamento da válvula, além de provocar distorções ou alterações no sinal. Um testador de ESR ou um multímetro comum, operando com pilhas ou baterias, não é capaz de proporcionar leituras confiáveis, em medições estáticas, de um capacitor para 600 V, suspeito de apresentar corrente de fuga ou ruptura no isolamento, quando estiver sob tensão nominal de operação.
Nos diagramas esquemáticos de equipamentos antigos, a armadura externa dos capacitores era representada como um pequeno arco, no símbolo. Com o avanço da eletrônica, algumas destas regrinhas foram perdidas no tempo.
Voltar a adotá-las poderá tornar as suas montagens ou reparações mais imunes a zumbidos, captação de campos de CA ou outros sinais poluidores, principalmente em etapas de áudio. Veteranos caprichosos já as seguem intuitivamente. Aos novatos de hoje, nos primeiros passos na eletrônica, cabe reforçar: mesmo os capacitores despolarizados têm “lado recomendado” para o melhor desempenho do componente no circuito.
Como renovar knobs antigos de baquelite
Figura 3. À esquerda o botão antigo. Acima, o mesmo botão, renovado.
Sempre surpreendendo com artigos úteis, e claro sempre nos ensinando com boas dicas o que desconhecemos. Parabéns.
A melhor coisa ao se escrever sobre o que eu chamo de retrônica é o retorno pela troca de ideias e experiências com os leitores. O dedicado colega Volnei Deutschmann, a quem muito agradecemos, é um dos que têm trazido grandes contribuições à coluna “Dicas e Diagramas”. O seu dia a dia na oficina de restaurações não raramente resulta em excelentes pautas de artigos!