Primeiro, “transformei” 0,775V em 775mV, para simplificar a minha vida, e foi aí que surgiu 0,0064 como resultado da divisão de 5mV por 775mV.
A seguir, utilizando a calculadora do Windows, encontrei o logaritmo decimal de 0,0064 que deu -2,190 e, finalmente, multiplicando por 20 chega-se a valor de -43,8dBu.
Mais fácil que pegar mosca com mel, não é mesmo?
Fazendo as contas de trás para frente!
Suponhamos, à guisa de exemplo, que as especificações de um pré-amplificador informam que o ganho de tensão do mesmo é -43,8dBu ou dBv e que você pretende comprovar que isto é verdade; portanto, precisa saber quantos milivolts irá obter na saída quando aplicar 775mVRMS na entrada. Em outras palavras, será preciso fazer as contas de “trás para frente” para chegar aos 5mV.
Se aplicarmos a definição de logaritmo à expressão que define o dBu teremos
Com auxílio de mais umas “matemágicas” chegamos a
A partir de agora é só “brincar de Lego” e, bingo, chegamos aos 5mV (sempre RMS).
E o dBV com v maiúsculo?
Nada de mais, trata-se apenas de uma mudança de referência, em vez de usar 0,775V usa-se 1V e… vida que segue!
Por enquanto é só!
Nestes dois artigos tentei abordar o essencial sobre decibel e suas “variações”, mas o assunto não se esgota aqui.
Existe muito mais coisa entre “o céu e os nossos ouvidos”, parafraseando a frase atribuída a Shakespeare, que poderão ser tratadas em outras oportunidades.
Como sempre, os comentários e sugestões dos leitores são bem vindos e ajudam a nortear o meu trabalho.