Para o nosso exemplo teremos área da seção geométrica (Sm) = 4,8cm2.
Finalmente, para obter a potência do secundário utilizaremos a fórmula Psec = 1,066 x (Sm)2 que nos dará 1,066 x (4,8)2 ≈24,5VA.
O transformador que estou utilizando para os experimentos deste artigo tem uma etiqueta no primário indicando 110V e 12V no secundário.
Assumindo 12V no secundário podemos concluir que a corrente máxima nele será 24,5VA ÷ 12V ≈ 2A.
Para conseguir essa corrente utilizei, como carga um resistor de 5ohms com dissipação de 30W (era o que tinha de mais próximo).
Da teoria para a prática
Como a etiqueta do primário indicava 110V e a rede elétrica aqui é de 127V (valor oficial) resolvi utilizar um Variac para ajustar a tensão aplicada no primário em 110V.
Para minha surpresa, com 110V no primário eu tinha apenas 11,5V mesmo sem carga, quando o valor deveria ser maior que 12V quando medido com o FLUKE 107 que é TRUE RMS.
Precisei ajustar o Variac em 117V para obter 12V no secundário, mesmo sem carga.
Colocada a carga a tensão no secundário tensão caiu para 11,5V o que não era tão ruim.
Finalmente, ajustei novamente o Variac para obter 12V no secundário, agora com carga e medi a corrente no secundário que deu 2,5A, um pouquinho maior que o calculado, o que mostra que nada é mais prático que uma boa teoria.
Calculando o fusível do primário
Se a carga vai puxar 2,5A então, devemos usar um fusível que suporte, no mínimo, esta corrente?
Se você respondeu SIM, devo informar-lhe que ERROU!
Uai! Como dizem nossos patrícios mineiros, “por que sô?”
Lá no início do artigo eu apresentei a igualdade
Potência no primário = Potência no secundário
e o segredo está nela. Vamos reescrevê-la assim:
Ep x Ip = Es x IS
Muito bom o artigo.
excelente