O esquema apresenta ainda informações sobre como devem ser feitas as ligações para a operação do aparelho em 110-127 ou 220V, sobre os contatos e ligações da chave na posição de ondas médias, OM; que na saída da fonte de alimentação há três tensões diferentes (+, ++ e +++, 110, 122 e 125V, respectivamente) etc.
A documentação de serviço contém ainda instruções para a calibração do receptor (circuitos de F.I., R.F. e oscilador), além de desenhos mostrando a disposição dos componentes no chassi e da fiação. Mostra como é montado o dissipador para o resistor de potência R11, lista os códigos e valores dos componentes, exibe tabelas com as resistências ôhmicas das bobinas, instruções para o encordoamento do dial etc. Muitos reclamam que os Philips são aparelhos “difíceis” para a colocação da cordinha do mostrador: não para quem providencia e estuda o manual de serviço do aparelho.
Figura 9. Curvas de resposta de frequências, resistências ôhmicas dos enrolamentos de indutores e transformadores, ligações das chaves, detalhamento da montagem do cordão do mostrador, são algumas das muitas informações úteis disponíveis na documentação técnica dos bons equipamentos.
Analisando-se o esquema da figura 8, constata-se que é um aparelho que não possui terminal de aterramento. Como se trata de um receptor sem transformador, ou seja, tipo C.A./C.C. ─ “rabo-quente” como às vezes também é chamado erroneamente ─ nunca o ligue a um “fio-terra”.
Na internet há gente que apregoa o aterramento de receptores para “eliminação de ruídos e interferências”. É um equívoco. Receptores valvulados somente podem ser ligados a fio-terra se forem com transformador e se tiverem terminal específico para isso.
Aterramento era necessário nos rádios que operavam com baterias ─ nunca nos receptores sem transformadores de alimentação.
O voto negativo fui eu que dei! Mas foi totalmente acidental! A matéria é muito boa! O Paulo Brites possui um conhecimento enorme! E curto o que publica na página dele de internet, YouTube e pela Antena!!?