Havia confusão entre símbolos, por falta de padronização. Além disso acontecia um outro problema: a dificuldade não era apenas a da simbologia dos componentes no circuito: era também a da decifração por causa da baixa legibilidade dos esquemas impressos. Vários fatores influíam nisso: baixa qualidade da clicheria utilizada na impressão, desgaste ou dificuldade de manutenção do maquinário tipográfico em condições adequadas, escassez de papel de qualidade etc.
Os leitores reclamavam. ANTENNA passou por esses problemas. A impressão era em máquinas antigas. Havia dificuldade na obtenção de papel de imprensa. O papel era o tipo jornal, não calandrado, ácido, áspero e poroso, que não permitia boa impressão. Tudo isso prejudicava a legibilidade dos esquemas, ainda mais quando no diagrama constavam valores de componentes em letras e números miúdos.
A situação começou a melhorar quando “Mamãe Antenna” lançou a campanha, na década de 1940, que permitiu a compra de novo maquinário de impressão, próprio.
Dezenas de leitores da revista se engajaram na campanha, vendendo assinaturas da revista. Com o aumento da tiragem e a melhoria da qualidade de impressão apareceram novos anunciantes, principalmente no redespertar da economia de pós-guerra. Foi também o tempo em que novas indústrias passaram a produzir componentes e equipamentos eletrônicos nacionais. Como já comentamos em edições anteriores, foi o início da idade de ouro da eletrônica no Brasil.
Figura 5. Mesmo com lupa era difícil, às vezes, examinar detalhes do circuito. Diagrama esquemático do receptor Philips BR-618 A, produzido no Brasil. Esquema saído em revista ainda impressa em papel jornal.
O voto negativo fui eu que dei! Mas foi totalmente acidental! A matéria é muito boa! O Paulo Brites possui um conhecimento enorme! E curto o que publica na página dele de internet, YouTube e pela Antena!!?