Como decifrar esquemas

Figura 3. O primeiro diagrama esquemático publicado na revista ANTENNA foi o de um anúncio de carregador de baterias, o Rectificador Neva, em abril de 1926. O esquema mostrava como o carregador deveria ser conectado às baterias em carga e, por sua vez, ao “bico-de-luz”, como era chamada a tomada de corrente nas lâmpadas de iluminação. Os equipamentos de recepção, na época, funcionavam a baterias. No esquema pode ser vista uma chave-faca, no caso de dois polos. Chave tipo faca foi um componente que fez parte dos circuitos de rádio por bom tempo. Era usada, por exemplo, na comutação da antena para terra, para proteção durante as descargas atmosféricas.

As revistas técnicas, como ANTENNA, do Brasil, Radio-Craft e Radio News, dos Estados Unidos, tiveram um papel fundamental na consolidação da simbologia eletrônica. Em março de 1935 Radio-Craft publica a “Chart of Radio Symbols”, (v. figura 4, adiante), contendo já os símbolos de novos componentes como as válvulas de sete elementos, ainda uma novidade, como a tríodo-pêntodo 6F7 e a díodo-pêntodo 12A7.

Antes disso, em 1928, a revista Radio News adota o “Standard Radio Symbols”.Publica também os artigos intitulados “The Standardization of Radio Terms” e “Symbols ─ The Shorthand of Radio”,enfatizando a necessidade de uma reforma para padronizar as expressões técnicas, as abreviaturas e a simbologia usadas na engenharia de rádio, para evitar as confusões. Essas padronizações passaram a ser adotadas pioneiramente também por ANTENNA no Brasil. Uma Comissão de Padronização foi formada, igualmente, no Institute of Radio Engineers. Quando ouvido, Lee DeForest, o inventor da válvula termiônica e uma das principais personalidades da eletrônica da época, assim se manifestou:

─ “Ainda há muito trabalho a ser feito antes que a terminologia do rádio seja completamente esclarecida e padronizada para o trabalho internacional. Considero o que revistas técnicas […]  estão fazendo neste sentido como um valioso passo em frente”.

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