Paulo Brites*
Boa parte deste artigo foi “plagiada” do meu livro Algumas Ideias para Consertar Televisores Modernos, publicado em 2005.
Anda na moda plagiar, principalmente dissertações acadêmicas, mas, neste caso, o autor do livro, que sou eu mesmo, consentiu o “plágio”, então vamos lá.
O livro tem 15 anos que foi lançado e está esgotado, entretanto ele pode ser encontrado pirateado na Internet. Fique à vontade. Leia sem moderação, embora os “televisores modernos” daquela época já sejam considerados jurássicos atualmente (serão mesmo?).
Todavia, o tema que vou abordar conceitualmente fica do mesmo jeito como era ontem e é hoje (eu não arriscaria dizer amanhã).
Entendendo as diferenças
Sob o ponto de vista de todo técnico reparador, seja ele de televisores, máquinas de lavar, geladeiras ou quaisquer bugigangas elétricas, faz pouca diferença entender a diferença entre “alhos e bugalhos” (micros e micros), mas vale a pena aprender um pouquinho para não falar besteiras por aí.
De uma maneira bem resumida, podemos dizer que ambos – microprocessadores ou microcontroladores – são circuitos, ou melhor, dispositivos de eletrônica digital controlados por um programa ou software.
No caso do microcontrolador este programa foi definido e embutido (embeded) dentro do dispositivo (CI no popular) pelo projetista do mesmo e não há como se alterar nada ou quase nada.
Ele “nasce” com a missão de executar determinadas tarefas e não temos “permissão” para alterá-las.
Com isso, quase sempre, todos pinos de entrada e saída de um microcontrolador só podem ser utilizados para executar funções que foram predeterminadas pelo seu projetista.
*Técnico em Eletrônica