No caso dos subwoofers, o tamanho do alto-falante é geralmente mais importante que a potência do produto, pois é mais fácil gerar graves potentes e profundos com um alto falante grande do que com um pequeno, por mais potente que o amplificador interno seja. Um falante pequeno não fará milagres, nem com processamento digital o auxiliando.
As potências mais comuns encontradas em subwoofers para uso residencial são de 100 a 150W para subwoofers de oito polegadas, de 150 a 250W para subwoofers de 10 polegadas e acima de 250W para subwoofers de 12 polegadas. Naturalmente, estamos falando em potência contínua (RMS) e não de potência máxima de qualquer tipo. As potências apresentadas acima também são uma regra geral, porém existem subwoofers com potências fugindo bastante a essa regra, geralmente com um custo de aquisição bastante superior. Mas não espere que o desempenho de unidades desse tipo, com muita potência, seja muito superior à média. O que ocorre é que há um forte aumento de custo nessas unidades de potência superior. Em uso residencial, potências reais (e cuidado com a declaração de potência real) ao redor dos valores descritos acima dão conta do resultado com folga.
Ao se usar dois subwoofers, a situação muda e passa a ser possível, por exemplo, utilizar-se duas unidades de oito polegadas em um ambiente de porte médio ou grande com excelentes resultados, pois se consegue uma maior pressão sonora com o uso de duas unidades e com isso, consegue-se trabalhar com subwoofers menores. Como a grande maioria dos subwoofers do mercado são bass-reflex, é pouco provável o uso de outro tipo de sintonia para o produto. Quase a totalidade dos subwoofers é projetada como bass-reflex e alguns outros (em quantidade muito menor) em suspensão acústica.
Muitas vezes, em uma instalação, o subwoofer é rejeitado pelo cliente, pois é visto como uma caixa preta, sem design e com acabamento em vinil imitando madeira, o que destoa completamente da decoração do ambiente. Isso mudou muito nos últimos anos, com o surgimento de subwoofers com design “clean” e acabamento sofisticado, que não interfere negativamente na decoração do ambiente. Essa tendência acaba conquistando o público feminino, que sempre foi reticente em relação àquela caixa preta e mal acabada que ficava poluindo a decoração. E hoje existem subwoofers coloridos em laca em qualquer cor, fazendo com que o produto se adeque ao ambiente em questão, e não precise ser mais escondido.
Um outro item a ser considerado na escolha correta do subwoofer é a facilidade de conexões. Entradas RCA são comuns, mas em alguns casos se torna necessário ter a disponibilidade da entrada de alto nível para ligação em sistemas estéreo ou em sistemas de Home Theater de entrada, os chamados “in a Box”. Uma entrada de alto nível de boa qualidade, que funcione bem com um receiver “in a Box”, pode ser uma excelente solução para fazer um upgrade de subwoofer nesses sistemas, que usualmente usam subwoofers passivos por uma questão de custo.
O tipo de amplificação se torna importante somente em sistemas de maior preocupação com a performance. Sistemas com amplificadores digitais classe D são maioria no mercado, pois apresentam custo de fabricação mais baixo. Mas amplificadores classe AB ainda apresentam melhor performance, mesmo oferecendo potências menores. Tanto é que, no momento atual, os subwoofers mais conceituados no mercado de áudio profissional para uso em estúdio são classe AB. Lembrando novamente a questão da potência, conforme já alertamos diversas vezes nessa coluna, o que vale é a potência (RMS) medida pela norma ABNT NBR IEC 60268-5 e esta deve ser especificada como contínua (RMS) e não potência máxima ou potência RMS máxima. Atenção para esse detalhe muito importante.