Semicondutores

Antigamente a classificação dos elementos químicos tinha por base os grupos dos metais, não metais e metaloides. Hoje, a União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC) recomenda a classificação em metais e não metais.

Até algum tempo a IUPAC mantinha a classificação de alguns elementos como semimetais, mas atualmente ela não define ou indica quais são os elementos classificados assim.

Usualmente, os semimetais formam uma linha diagonal entre os metais e não metais, sendo em número de sete: boro (B), silício (Si), germânio (Ge), arsênio (As), antimônio (Sb), telúrio (Te) e polônio (Po).

Eles possuem propriedades intermediárias entre os metais e não metais, como por exemplo:

  • Apresentam brilho metálico como os metais;
  • Podem se fragmentar como os não metais. São quebradiços e se despedaçam com facilidade, dificultando sua moldagem;
  • Assim como os metais, podem formar cátions ou ânions, de acordo com a situação e se carregarem tanto positivamente quanto negativamente;
  • Atuam como semicondutores de eletricidade, ou seja, podem se comportar tanto como os metais, que são bons condutores de eletricidade, quanto como ametais, que são isolantes.

Essa última propriedade dos semimetais é a que se destaca para aplicações em eletrônica, em especial do germânio e do silício, pois favorece a fabricação de componentes semicondutores, com vasta utilização em inúmeros dispositivos.

A Origem dos Semicondutores

As pesquisas que deram origem aos semicondutores remontam ao século XIX, com Michael Faraday, ao perceber que a resistência de uma amostra de sulfeto de prata diminuía quando era aquecida.

Outros cientistas, como Edmond Becquerel, Willoughby Smith e Karl Ferdinand Braun, também observaram o comportamento de alguns materiais com efeitos semicondutores.

Data deste período a invenção, por Braun, de um dispositivo que convertia corrente alternada em contínua, sendo este o primeiro retificador conhecido.

Deixe um comentário