Qual é a “Mágica” do Voltímetro TRUE RMS?

Nela, temos algumas das formas de onda mais comuns, embora não estejam incluídas outras mais complexas, como as obtidas na saída de um SCR ou TRIAC, por exemplo.

Quanto maior o fator de crista que o CI puder usar melhor, pois mais acurada será a leitura do valor RMS e, portanto, mais próximo do TRUE.

Embora os fabricantes dos instrumentos TRUE RMS não mencionem esta questão do Fator de Crista nas suas especificações, ela está “escondida” na resposta de frequência. Afinal, quanto mais complexa a onda, mais harmônicos ela tem e, portanto, o instrumento precisa ser capaz de ler tensões/correntes de frequências mais altas para nos dar uma resposta mais acurada.

Tudo isto é para dizer que você não deve se iludir com o “TRUE RMS” anunciado em letras gigantes na embalagem, nem com aqueles vídeos de “desencaixotamento” no Youtube, falando de multímetro TRUE RMS “bom e barato”.

Bom e barato não combinam (nunca).

TRUE RMS + DC

Antes de encerrar este artigo, tem mais uma coisinha que precisa ser dita: Uma grande maioria dos voltímetros, mesmo os “TRUE”, tem um capacitor de acoplamento na entrada o que significa que ele barra qualquer tensão DC à qual a forma de onda estiver referenciada.

Por exemplo, a forma de onda no coletor de um amplificador emissor comum está “trepada” na tensão de polarização do coletor. O valor correto da tensão RMS neste caso, por exemplo, é dado pela fórmula abaixo:

Logo, é fácil concluir que o capacitor na entrada do voltímetro ao barrar a tensão DC, nos forneceu uma leitura “NÃO TRUE”.

Em outras palavras, não basta comprar o “bom e barato” do vídeo do Youtube; é preciso esmiuçar as especificações com muito cuidado para não cair no canto da sereia.

Lembre-se que medir errado é pior que não medir nada.

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