Outro exemplo desse tipo é o “Buzz” (zumbido), geralmente criado por dimmers de iluminação ou outros controladores de potência que recortam a tensão senoidal da rede elétrica, com harmônicos de 60Hz até uns 6kHz ou mais.
Todos esses são exemplos de sinais periódicos com frequências audíveis e gerados por fontes externas ao circuito de amplificação ou por sua fonte de alimentação, sendo introduzidos no mesmo via radiação eletromagnética ou por acoplamentos capacitivos, indutivos ou por impedância comum entre equipamentos diferentes ou linhas de alimentação.
Fig. 7 Acoplamento por impedância comum
Chamamos a esses tipos de ruído de interferências.
Também há a possibilidade de sinais interferentes na faixa de RF (f>30kHz, LF), que tenham informação de áudio que possa ser demodulada, como rádios AM (500kHz – 1600kHz) ou FM (88MHz-108MHz) ou mesmo sinais de saída de amplificadores classe D, com áudio em PWM (200kHz-600kHz).
Podemos também considerar como sinal interferente também a diafonia, o vazamento de sinal ou “crosstalk” entre canais de amplificação.
Para lidar com esses sinais interferentes podemos usar blindagens, filtros nas fontes de ruído ou nas linhas de alimentação, filtros no caminho de sinal para sinais fora da faixa de áudio, linhas balanceadas e amplificadores diferenciais.
Além de sinais elétricos interferentes, nas válvulas há a possibilidade de vibrações mecânicas serem transformadas em sinais elétricos (microfonia). Nesse caso, o amortecimento mecânico do soquete e chassis ou a seleção de válvulas vai ser a solução.