Projeto de Amplificadores de Potência para Áudio – Parte III

Assim foi feito e cheguei a instalar várias unidades numa rede de lojas.

Na época, um pouco antes desse projeto, aí por 1981, havia tomado contato com programas de simulação de circuitos como o SPICE, que rodavam em mainframes da IBM ou Burroughs no CPD da universidade, e que não estavam ao alcance dos mortais comuns… lembro do Prof. Mario Vaz, na EE da UFRJ,  com um rolo de fita magnética, rotulado SPICE, e de uma apostila de explicações sobre como perfurar os cartões necessários para analisar um circuito, um componente por cartão, mais os de controle das análises e saída dos resultados.

Na época, já existia no NCE um terminal que usava um microprocessador 8008 para entrada de dados e um TRC para observar tudo, gráficos inclusive, mas de forma alfanumérica, claro. Não sei dizer se já havia na UFRJ, e provavelmente havia, micros TRS80 ou que usassem 6502 ou Z80, capazes de enfrentar a tarefa de forma menos penosa para o usuário. Mas isso para a pós graduação da COPPE e pessoal do NCE.

Para estudantes de graduação só restava entrar numa fila para conseguir uma perfuradora IBM 029 livre, depois enfrentar outra para uma leitora de cartões para entrada de dados e, se tudo der certo, finalmente esperar a saída da impressão depois de, talvez uns 20 ou 30 minutos… isso tudo se houvesse autorização para o uso desses recursos, claro. Plotter ou saída gráfica, nem pensar…

Revirei essas memórias para situar um projeto cuja análise foi feita, originalmente, com lápis, papel e calculadora.

A forma do circuito, ou topologia, já era bem conhecida, dos manuais da RCA, de circuitos de amplificadores comerciais e muitos projetos publicados em revistas. Foi também uma promessa, não cumprida pelo professor, desenvolver um projeto desses na aula de Eletrônica V.

Realimentação era apresentada na disciplina de Sistemas de Controle com foco em sistemas de direção e servomecanismos, sem conexão com a importância da correção possível da resposta transitória de uma amplificador de sinais complexos como vídeo e áudio.

Então, já conhecia os ingredientes, mas ainda não tinha montado a primeira receita, portanto, fazer o projeto foi um aprendizado importante.

Por exemplo, descobri como um circuito que funcionava perfeitamente com um resistor de carga, entrava em oscilação ultrassônica ao ser ligado a caixa acústica que seria sua carga real.

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