Os MJL já são bastante lineares e, usados como seguidores de emissor, mesmo antes de se usar realimentação global, fornecem baixos valores de DHT (RL=8Ω):
Fig. 20
Uma estimativa do ganho de tensão em malha aberta do par Sziklai pode ser obtida observando que o primeiro transistor vai ser usado como amplificador de transcondutância, tendo como saída sua corrente de coletor e como entrada a diferença entre a tensão de saída e a de entrada, vinda do estágio anterior.
O segundo transistor pode ser considerado como amplificador de corrente desenvolvendo a tensão de saída sobre a resistência de carga, RL.
Uma dificuldade para analisar estágios classe AB ou B de grandes sinais como esse é que as grandes variações de corrente e tensão tornam pouco acuradas as relações válidas para pequenos sinais e estágios classe A.
Por isso vou usar a relação entre o ganho em malha aberta e fechada, medir o ganho em malha fechada numa simulação SPICE e calcular o ganho em malha aberta, sabendo que a realimentação é total, e então β=1.
Como o ganho final será unitário, podemos estimar a redução de distorção do estágio de saída usando o valor do ganho do par em malha aberta (ver artigo anterior).
Vamos à simulação, usando o LTSpice. Nessa simulação foram usados, também, o MJL21193 e o MJL21194.
Aqui, a fonte de sinal V1, que representa o estágio anterior (VAS), já incorpora uma tensão de polarização (bias), complementada por D1 e o resistor R7, para definir a corrente de repouso de Q2 e Q4, até que desapareça visualmente no gráfico da tensão de saída, a distorção de crossover, que se mostra como um degrau na tensão de saída.
Os resistores R5 e R6, foram ajustados em valor, de forma a haver corrente suficiente nas bases de Q1 e Q3, para conseguir a máxima excursão de saída.
Já o resistor R7 foi ajustado para conseguir um valor o mais simétrico possível para a corrente de repouso de Q2 e Q4. Essa é uma configuração para efeito de simulação apenas.