Projeto de Amplificadores de Potência para Áudio – Parte III

Mesmo assim, o dissipador teria que ter menos que 1ºC/W de resistência térmica para manter-se a uma temperatura de 70ºC, embora a temperatura da junção dos transistores não vá passar de 106ºC, valor aparentemente bastante seguro.

A grande questão é que: uma carga resistiva não é a situação de maior estresse térmico para o estágio de saída, mas sim as cargas reativas, como alto-falantes e caixas acústicas [ref. 6][ref. 13][ref.23].

Vale a pena notar também que a dissipação cai para a máxima amplitude de saída ou potência nominal, onde a eficiência chega a 78% ou 75%, o que resulta numa dissipação de:

Cargas Reativas

Na ref. [23] podemos encontrar a expressão para a dissipação dos transistores de saída, em função do ângulo de fase da impedância de carga.

Para a maioria dos casos, ainda segundo a ref. [23], o ângulo de fase não passa de ± 60º, o que resulta em:

O dobro do calculado para carga resistiva. Ou 60W por transistor.

Mesmo com o valor médio 9dB abaixo, como na reprodução de sinais musicais, vamos ter, repetindo as contas (eq. 17 e 18), 48W por transistor e 96W passando pelo dissipador. Isso vai tornar obrigatório ventilação forçada e uma grande área, para chegar a 0,3ºC/W de resistência térmica e manter o dissipador em 70ºC para 40ºC de temperatura ambiente.

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