Projeto de Amplificadores de Potência para Áudio – Parte II

Ou seja, respeitando as condições de estabilidade, definidas por Harry Nyquist [20], mesmo a realimentação positiva pode ser benéfica e usada a nosso favor, como, por exemplo, nos filtros da família Sallen-Key, onde é usada para aumentar o ganho na frequência de corte, inclusive nos filtros maximamente planos (Butterworth), ou em filtros com alto Q ou do tipo passa-banda.

Agradecendo sua atenção, vamos seguir adiante nesse assunto tão fascinante.

Projeto de Amplificadores

Para escolher todos os elementos de um amplificador, é preciso saber em primeiro lugar:

  1. A excursão de tensão (V) necessária na saída;
  2. A impedância de carga (Ω) e seu possível ângulo de fase;
  3. A amplitude do sinal de entrada ou o ganho necessário;
  4. A impedância de entrada;
  5. Os limites de distorção harmônica e intermodulação;
  6. A resposta em frequência e fase desejada;
  7. A rapidez de resposta (slew-rate) necessária;
  8. A relação sinal/ruído desejada.

A partir do primeiro item vamos saber a tensão de alimentação total adequada, em primeira aproximação.

Sabendo a mínima impedância de carga e seu ângulo de fase, podemos determinar a excursão máxima de corrente e a máxima dissipação no estágio de saída.

De posse desses dados, podemos determinar, de forma aproximada, quantos e quais dispositivos de saída precisam ser usados.

A partir dos dispositivos escolhidos, podemos analisar quantos estágios e qual configuração de circuito para atender os últimos três objetivos listados.

Uma vez escolhida a configuração, devemos determinar as tensões e correntes nos estágios para o correto funcionamento em CC e para também atender em CA os itens 4, 7 e 8.

Uma vez feito isso, passaremos a fazer a simulação dos circuito escolhido num programa do tipo Spice (Simulation Program for Integrated Circuit Electronics), mais especificamente, para nosso artigo, no LTSpice, um programa free, com uma interface muito didática e bastante interessante para o desenvolvimento de projetos de pequena ou média complexidade.

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