Projeto de Amplificadores de Potência para Áudio – Parte II

Álvaro Neiva*

Princípios Básicos

Fig. 1  

O Problema

Na figura 1,  temos um diagrama de blocos, que procura mostrar o objetivo geral de um estágio de amplificação do tipo amplificador de tensão. A variável de interesse no sistema é a tensão elétrica de entrada e saída, já que a informação que precisamos amplificar costuma estar contida em variações dessas tensões. Na entrada, a corrente Iin deve ser a menor possível, para não sobrecarregar ou perder nível da fonte de sinal, que pode ser um estágio anterior de amplificação ou um transdutor de entrada. Na saída, a corrente associada à variação de tensão aplicada à carga RL (resistência ) ou ZL (impedância) e a potência resultante são apenas consequências inevitáveis.

Do lado da carga, quanto menor a impedância (maior carregamento) em relação à impedância interna do amplificador, maior a corrente fornecida e maior a queda de tensão interna, menor eficiência, menor ganho de tensão e maior a geração de harmônicos ligados à amplitude da corrente. Por isso, costuma-se fazer, na maioria dos casos, a impedância de saída dos amplificadores de áudio a mais baixa possível, com a maior capacidade de fornecer e absorver corrente que for viável, para acomodar as cargas mais difíceis (menores módulos e piores ângulos de fase…) como os alto-falantes, por exemplo, que são reativos e devolvem energia ao amplificador. Isso vai ser muito importante especialmente nos amplificadores de maior potência.

*Engenheiro Eletricista

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