O Verdadeiro “Rabo-Quente”

Em nosso país, os cabos com resistência chegaram a ser vendidos por metro nas lojas, para montadores, principalmente para reposição nos rádios importados, bem como para experimentadores.

Na Argentina o cordão resistivo era comum: na Figura 2 vemos um anúncio publicado na imprensa técnica de eletrônica daquele país, divulgando o “Cordón con Resistencia Polo Norte”, que destacava: “No se calienta”.

Havia dois tipos à venda: o de 190 ohms/metro, por $1,50 e o de 240 ohms/metro, por $1,80 ─ pela moeda argentina da época. O cordão resistivo de menor resistência ôhmica, dependendo do conjunto de válvulas, era usado nos aparelhos de 110V e o de maior resistência, nos para 220V.

Figura 2. Na Argentina, os cordões resistivos foram comuns. O produto da propaganda de 1949 da Casa Electrica S.A. se vangloriava de que “está siempre frío y no se calenta”. O fio de nicrome (Níquel-Cromo) usado no enrolamento resistivo interno não aceita soldagem: as conexões precisam ser grimpadas ou aparafusadas.

Quando o cordão rabo-quente queimava tinha que ser inteiramente substituído. Alguns “oidartécnicos” ─ radiotécnicos às avessas ─ insistiam em fazer reparos no resistor de nicrome, mas os resultados eram catastróficos. Na Figura 3 vemos o resultado de uma tentativa de “conserto”, executado antigamente, em cordão resistivo: iniciou fogo em uma cortina, felizmente descoberto no início.

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