O SOM DO CINEMA – Uma Breve História – Parte III

Após a empresa mudar-se para os EUA em 1976, estabelecendo sua sede na cidade de São Francisco, Califórnia, ela continuou desenvolvendo outros sistemas para redução de ruído como o Dolby C (1980), Dolby HX/HX Pro (1981), Dolby SR (1986) e Dolby S (1989).

Além de sua utilização em estúdios de gravação e transmissoras de rádio e TV, boa parte deles foi incorporada aos gravadores magnéticos de uso residencial, seja em fita cassete ou carretel aberto.

Figura 10 – Detalhe de um tape deck cassete doméstico com redutor de ruído Dolby B (1977).

Ainda nos anos 1960, a Dolby Labs definiu uma equipe de quatro pesquisadores para desenvolver experimentos em áudio para o cinema aplicando o Dolby A, um produto de sucesso em gravações magnéticas.

A equipe, liderada por Ioan Allen, descobriu que boa parte dos dispositivos utilizados nas produções cinematográficas, como microfones, amplificadores e gravadores de filme, apresentava uma resposta de frequência significativa, chegando ao limiar de pouco mais de 10 kHz, mas os padrões impostos pela Academia acabavam por limitar essa condição.

Após essas observações, foram realizadas novas experiências, abandonando-se os padrões da Academia.

Em uma sala de cinema experimental, foram traçadas curvas de resposta em vários pontos, utilizando um gerador de ruído rosa (Pink Noise), um analisador de espectro e diversos microfones calibrados. Foi acrescido ao sistema de áudio um equalizador ajustável com 27 canais e 1/3 de oitava, além de um processador de sinal.

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