O SOM DO CINEMA – Uma Breve História – Parte II

Em 1937 foi apresentado pela Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) o primeiro sistema de alto-falantes considerado padrão de referência para a indústria cinematográfica.

Denominado “The Shearer Horn System for Theatres”, o sistema de duas vias foi desenvolvido por John Kenneth Hilliard, James Bullough Lansing e Douglas Shearer, e era composto por quatro drivers de baixa frequência com diâmetro de 15″, um circuito de crossover fazendo o corte em 375 Hz, e uma única corneta multicelular com dois drivers de compressão para as altas frequências.

Figura 10 – The Shearer Horn System for Theatres. Fonte: Audio Heritage.

O padrão adotado pela Academia em 1938 foi o áudio monaural ou monofônico, onde um único canal reproduzia todo o espectro sonoro. A banda ótica do filme era bastante limitada na relação sinal/ruído e na resposta de frequência, que atingia 6 KHz no máximo, mas isso era o possível para a tecnologia da época.

Outra questão que precisava ser melhorada no sistema ótico era que, ao registrar a imagem, a câmera também teria que registrar os sons. Esse processo limitava por demais a produção da trilha sonora e precisava de uma solução melhor.

Foi então proposto o sistema duplo, com um operador de câmera (cameraman) acompanhado de outro operador, que gravava o som em um sistema ótico com microfone. Assim era possível editar e cortar os negativos com a trilha de som independente da de imagem, e na etapa de mixagem, combinar imagens, efeitos sonoros, voz e música. Essa técnica é utilizada até os dias atuais.

A indústria cinematográfica se tornou cada vez mais profissional, mas ainda havia muito a caminhar nas tecnologias de áudio e vídeo. Os anos 1940 trariam grandes contribuições nesse sentido.  

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