O SOM DO CINEMA – Uma Breve História – Parte II

Alfredo Manhães*

O surgimento do cinema no século XIX trouxe grandes contribuições para a sociedade. Além de ser um item importante na oferta de entretenimento para as massas, ou mesmo por se tratar de uma forma bastante adequada para registrar fatos e eventos que contam partes da história, o cinema também propicia trabalho para milhões de pessoas em todo o mundo.

Vimos na primeira parte do artigo que até os anos 1930 foram exploradas as potencialidades dos sistemas Phonofilm e Vitaphone, mas ainda não havia regras gerais que tratassem da padronização das salas de cinema e dos sistemas de áudio e vídeo, como temos hoje.

O cinema ainda iria passar por inúmeras tentativas de aperfeiçoamento das tecnologias nas quais estava fundamentado, assim como pela criação de normas para garantir que a produção e exibição de filmes tivesse padrões de qualidade adequados.

Assim começamos mais uma etapa dessa breve história do som no cinema.

A evolução dos dispositivos eletrônicos

Ao longo do século XX observamos a utilização cada vez maior das tecnologias eletrônicas em todos os segmentos da sociedade. Esse fato se deve aos avanços da Física iniciados no século XIX, onde os experimentos realizados por Edison (efeito termiônico), Fleming (diodo) e De Forest (tríodo), permitiram o desenvolvimento das válvulas termiônicas, as quais tiveram larga aplicação em sistemas de amplificação, radiodifusão, gravação e reprodução de música, transmissão de tv, sistemas de radar etc.

Mais tarde, nos anos 1940, os circuitos valvulados clássicos cederem espaço para o advento da Física do Estado Sólido, com a criação do transistor pelos pesquisadores John Bardeen, William Shockley e Walter Brattain, do Bell Labs.

As pequenas dimensões desse componente eletrônico permitiram que os circuitos eletrônicos se tornassem mais compactos e consumissem menos energia, propiciando a criação de dispositivos que mudaram por completo os hábitos das pessoas.

*Mestre em Engenharia da Computação

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