O cinema nos anos 1930
A partir de 1927, com o sucesso do cinema falado, se opera uma alternância na escolha de tecnologia entre as empresas cinematográficas, ocorrendo a transição do sistema “Sound-on-disc” (Vitaphone) para o “Sound-on-film” (ótico).
Assim, nos dez anos seguintes, as salas de projeção existentes iniciaram as adaptações para o formato ótico, e ao mesmo tempo o número de cinemas começa a crescer em várias partes do mundo. Estima-se que só nos EUA surgiram em torno de 18.000 salas na década de 1930.
A recém-criada indústria do cinema começou a mostrar-se lucrativa e os estúdios passaram a investir em espaços maiores para montagem de cenários e produções cada vez mais complexas, oferecendo oportunidades para diversas categorias profissionais como cenógrafos, carpinteiros, eletricistas, operadores de câmera, roteiristas, dentre outras áreas.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas percebeu então a necessidade de definir padrões técnicos para a produção e exibição dos filmes. Desta forma, o som ótico que seria registrado na película deveria obedecer a certos critérios como curva de equalização, resposta de frequência, nível de gravação, relação sinal/ruído etc.
Outro aspecto relevante diz respeito às características arquitetônicas para a construção de cinemas e salas de projeção, bem como as especificações de alto-falantes, padrões de construção e posicionamento de sonofletores, equipamentos de amplificação, dentre outros.
Como efeito dessa busca por um padrão de qualidade, as diversas indústrias de eletrônica interessadas no segmento cinematográfico procuraram aprimorar seus produtos para que atendessem as normas. Um exemplo disso é o avanço nas características dos amplificadores, onde o aperfeiçoamento gradual das válvulas e dos circuitos eletrônicos permitiu-lhes oferecer mais potência, melhor relação sinal/ruído e melhor resposta de frequência.