O AAC atinge os requisitos de qualidade de áudio aceitável (vistos na coluna do mês passado) com taxas de 128 kbit/s em estéreo, enquanto que o MP3 precisa de mais do que isso, idealmente 256 kbits/s. O AAC é o formato padrão para os produtos Apple e alguns outros produtos de alguns fabricantes. Apesar de muitos acharem se tratar de um formato Apple, o AAC é padronizado por normas internacionais e, portanto, é um formato que não é proprietário, sendo utilizado pela Apple por ser, teoricamente, uma alternativa superior ao MP3. Apesar de tudo isso, o AAC não tem a popularidade do MP3.
O FLAC é, de longe, o algoritmo mais utilizado na reprodução de áudio sem perdas atualmente, sendo o padrão que possui a maior abrangência tanto em software como em produtos capazes de reproduzir o padrão no mercado. É um formato de código aberto com licenciamento sem o pagamento de royalties e, dessa forma, rapidamente se tornou o formato padrão para compressão de áudio sem perdas. Algumas das vantagens técnicas do codificador são sua velocidade e o uso de poucos recursos de hardware, podendo ser utilizado em streaming sem muito uso de CPU. O padrão está sendo tão aceito mundialmente que na Europa ele foi escolhido para a codificação de áudio em alta resolução para transmissão por rádio. Além disso, boa parte dos serviços de download de música em alta qualidade ou alta resolução o utilizam.
Concluímos que, para arquivos comprimidos com perdas, o padrão de mercado é o MP3, e para arquivos de maior qualidade, sem perdas por compressão, o padrão é o FLAC. Conforme a evolução tecnológica segue seu curso, o FLAC passa a ser utilizado também em áudio de alta resolução. Mas isso é assunto para o mês que vem. Até lá.